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Diversificação 2.0

A crise atual, trazida pelo covid-19, desafia até mesmo as mais sofisticadas empresas em relação a planos de contingências, otimização de rendimentos e a minimização de riscos. Já é do conhecimento do mercado e dos investidores a importância da diversificação de investimentos em diferentes empresas e setores.

Mas proponho uma breve reflexão, um pouco mais profunda, abrangendo também as economias globais. Para isso, trago dois exemplos: O primeiro é o Índice Bovespa, principal índice de ações do Brasil, composto por uma carteira teórica de 75 empresas dos mais diversos setores. A análise dos dados a seguir, é feita de 30 de dezembro de 2019 até 29 de maio de 2020.

 

Neste período, é possível observar uma queda do valor do Índice Bovespa, superior a 24%. Já, em março, foi registrada a mínima, que alcançou uma queda superior a 45%. Com base nisso, vamos comparar ao desempenho do MSCI World Index, um Índice global com carteira teórica de ativos diversificada em mais de 10 países desenvolvidos.

grafico2
Este índice, por sua vez, de 31 de dezembro de 2019 até 29 de maio de 2020, apresentou uma queda superior a 8,9%, chegando em março a uma depreciação superior a 32%. Veja na ilustração a seguir, a variação em %:

grafico3
É possível observar que ambas as carteiras registraram quedas significativas. Porém, a carteira diversificada no mercado global apresentou uma queda de 13% a menos, comparada à carteira teórica brasileira. A recuperação do MSCI World Index, no período de março a maio, foi superior a 72% do valor depreciado, comparada ao Índice Bovespa, que recuperou um pouco mais de 46% no mesmo período.

Apesar de ambas as carteiras ainda estarem operando no campo negativo, a carteira diversificada no mercado internacional apresentou melhor desempenho, tanto na retomada do valor depreciado, quanto a menor perda de valor acumulada no período.
Isso nos mostra a importância da diversificação de investimentos, não só no mercado doméstico, mas, também, no mercado internacional. Quando uma carteira está diversificada em vários países, ela está mais protegida em relação a carteiras compostas por ativos de um único país.

A nova geração de carteiras, que adicionam ativos do mercado global, pode ser considerada a nova arma para minimizar riscos e potencializar as oportunidades de investimentos.

Artigo de autoria do economista Daniel Kussler, da ALTA Capital Administração de Fundos e Investimento Estratégicos EIRELI.