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Mercado, principal foco das empresas


Dentre os vários temas já dissertados nesta coluna, destaco o mercado como um dos mais relevantes. A palavra mercado vem do latim “mercatus us”, que significa comércio, negócio, e possui inúmeros significados e conceitos. No seu conceito original, mercado consiste no encontro entre vendedores e compradores, que pode ocorrer em qualquer espaço público. Movimentam o mercado corporações nacionais e internacionais e mais de 15,5 milhões de micro e pequenos empreendedores. Juntos, são os braços e as mentes responsáveis por fazer os negócios girarem, produzindo riqueza, renda e empregos.

Segundo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), os pequenos negócios representam 98,5% de todas as empresas do país e respondem por 44% da massa salarial e geram 27% do PIB nacional. Para todas as empresas, independentes do tamanho. o mercado é o objetivo principal a ser atingido. Para isto, analisá-lo sempre foi importante para as empresas, mas nos dias atuais se tornou imprescindível sob pena de não se manterem na atividade por muito tempo.

É necessário que se tenha, não apenas uma visão do presente, mas, também, do futuro, atualizando as tendências do mercado do seu produto. É por meio de pesquisas e estudos complementares que os profissionais das empresas conhecerão seus possíveis clientes e se familiarizarão com suas necessidades e preferências. Desta forma, poderão elaborar produtos e serviços de acordo com os padrões exigidos pelo mercado, ou, mais precisamente, pelos grupos de potenciais compradores.

Há que lembrar que a economia do país, no comando do Ministro Paulo Guedes, um ultra liberal no campo econômico, defensor da privatização de estatais e das reformas que ainda não foram realizadas, preconiza a mínima intervenção do Estado na economia, admitindo que o mercado se auto-regularize e, por conseguinte, regule a ordem econômica. Há quem discorde e considere que o Estado deve estabelecer regras formais de preços de produtos e serviços essenciais, como energia, água, transporte público e outros. Empresas, não atentas aos sinais políticos e estruturais e às mudanças que estão ocorrendo rapidamente nos negócios, visto que riscos e oportunidades circulam ao seu redor a cada dia estão fadadas ao fracasso. Gestores de empresas bem sucedidas não decidem posições a serem tomadas antes de se atualizarem sobre tudo o que envolve as suas decisões voltadas para os clientes, consumidores, concorrentes, parceiros, fornecedores, finanças, marketing, entre outras ações, que possam enriquecer os seus conhecimentos mercadológicos. A análise do mercado deve ser uma atividade contínua e não de maneira esporádica ou somente em caso de necessidade urgente em que os negócios estão em queda. Quem faz a economia ser forte e pujante em qualquer país são as empresas que conseguem garantir a geração de empregos, melhores rendas e qualidade de vida. Vive-se na era digital e as empresas devem manter-se em constante movimento e evolução para alcançar a realização de seus objetivos.

Em 2021, o mercado mostrou certa prosperidade, com o crescimento do PIB em 4,6%, alcançando o maior indicador em 11 anos. Em 2022 as projeções não são otimistas, pois segundo o Banco Central, o PIB deve crescer, em torno de 2,1%, o que significa desaceleração da economia, menos qualidade de vida, menos oferta de empregos, maior competição das empresas para se manter no mercado num cenário de pouca demanda por produtos e serviços, ou seja, há que se priorizarem gastos que não afete a produção, além da revisão de processos com o objetivo de alcançar melhor produtividade, negociação com fornecedores e bancos, visando manter o fôlego até que haja a retomada do crescimento econômico do país com o fim da pandemia, volta da paz entre as nações e com o novo governo que assumirá em 2023.

Artigo de autoria do conselheiro do Corecon-RS e diretor da Associação Comercial de Pelotas (ACP), economista João Carlos Medeiros Madail, publicado no Diário Popular de Pelotas, edição do dia 10/03/2022.