Com quase 180 anos de existência, a respeitável revista The Economist tem feito algumas considerações sobre os prováveis rumos das economias e das sociedades. E o faz as dirigindo às empresas e aos costumes, tendo em conta nova era emoldurada pelos instrumentos da informática.
A consagrada revista, editada em Londres, chama a atenção para a necessidade de as empresas, em geral, investirem, pelo menos, 10% dos seus custos em novas tecnologias como medida de sobrevivência nesse mundo em mudanças.
Observa que, como nunca, o empreendedorismo empresarial, será condição para a evolução das empresas - novas e existentes.
Por igual, a credibilidade e a transparência serão essenciais para o êxito empresarial.
Plataformas de informática imperarão – incontáveis, uma em cada canto, assim afastando atuais medidas isoladas. Além do que, medirão a produtividade.
Produtos de consumo suntuosos serão aos poucos substituídos por produtos frugais (sai a gravata, entra o jeans). O consumo das populações se torna mais simples.
O comércio online será maior do que o presencial.
As universidades formarão técnicos para o mercado, diferente do que hoje ocorre.
Viagens, congressos e reuniões de trabalho serão predominantemente substituídos por sistemas online. O turismo de trabalho tende a desaparecer.
As consultas médicas e as teleconferências serão normais. Os testes rápidos de saúde serão predominantes na medicina.
A higiênica pessoal será um costume generalizado. Por igual, a produção e o manuseio de adequado de alimentos.
Diante dessas e de tantas outras mudanças, não se lhe escapa de observar que possa haver demanda por moradias em cidades mais afastadas dos grandes centros urbanos. A vez das pequenas comunidades ligadas por online.
Ademais, haverá muita atenção aos problemas de meio ambiente.
Acrescenta que educação, saúde e segurança se tornarão, mais do que nunca, essenciais para o fortalecimento da classe média das sociedades – sem o que as democracias ficarão irremediavelmente comprometidas. Esses três setores serão predominantes na vida política, como pacíficos mandamentos sociais.
Artigo de autoria do economista Guilherme Socias Villela, ex-professor da UFRGS, ex-prefeito de Porto Alegre e Economista Destaque Corecon-RS 2019, publicado no Jornal do Comércio, dia 23 de maio.