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Principais indicadores fundamentalistas

A crise mundial econômica ocasionada pela pandemia da Covid-19, onde o Produto Interno Bruto (PIB) das principais economias do mundo teve quedas significativas e aumento das taxas de juros, repercutiu nos mercados financeiros, principalmente nas ações do mercado americano, europeu e brasileiro. Assim no momento atual, as ações de boas empresas brasileiras apresentam-se como um interessante investimento de longo prazo, pois o tempo favorece na maturação dos resultados das empresas, além de equilibrar a volatilidade do mercado. Contudo, para minimizar o risco inerente em investimentos em renda variável, e com isso realizar uma estratégia para maximizar o retorno financeiro, é preciso fazer um bom planejamento, assim como investir com a assessoria de um especialista com experiência no mercado de ações.

Para que esse investimento inicie-se corretamente e com o mínimo de risco possível, é necessária uma análise fundamentalista, que envolve a análise qualitativa – que mede a qualidade da gestão e governança corporativa da empresa -, e a análise quantitativa, baseada no balanço das empresas. Existem vários indicadores fundamentalistas estudados para avaliar a situação das empresas, eis alguns importantes:

P/L - PREÇO/LUCRO

Este indicador relaciona o preço de mercado de uma ação com seus lucros. Por meio dele, conseguimos saber se uma determinada ação está mais cara ou mais barata. É um indicador simples que pode ser facilmente utilizado como critério comparativo entre duas empresas atuantes em um mesmo setor.


DIVIDEND YIELD

O principal objetivo deste indicador é mostrar o quanto a empresa paga ao seu investidor. Quanto maior for o dividend yield, maior será o pagamento de dividendos por parte da empresa. Ele é calculado por meio da seguinte fórmula:

Dividend Yield = Dividendo pago por ação dividido (÷) pelo preço da ação.

Este indicador é usado, principalmente, por investidores que desejam montar uma carteira focada no recebimento de dividendos.


P/VPA: PREÇO/VALOR PATRIMONIAL POR AÇÃO

Em tese, o indicador P/VPA compara o valor de mercado da empresa (que corresponde ao valor da ação vezes (x) o número de ações) com o seu valor contábil (ativos menos passivos). Ou seja, relaciona o preço de uma ação ao valor patrimonial proporcional que ela possui. Basicamente, quanto mais baixo o P/VPA, mais barata está a empresa.


EV/EBITDA:

Ebitda, sigla em inglês para Earnings Before Taxes Interest Depreciation and Amortization, significa “Lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização”. Este indicador é uma medida simplificada da geração de caixa de uma empresa. Por sua vez, EV vem do inglês Enterprise Value, compreendendo o valor de mercado da empresa (preço da ação vezes (x) seu número total de ações), que é somado com a dívida líquida. Nesse sentido, o EV/EBITDA esboça aos analistas a ideia de quanto tempo demoraria para o lucro operacional da companhia pagar o investimento realizado na compra.


ROE

ROE, sigla de Return On Equity, significa “Retorno sobre Patrimônio Líquido”. Este indicador aponta qual o retorno que os sócios de uma companhia estão obtendo em relação ao dinheiro investido nela. Ou seja, mede a capacidade que a empresa tem de gerar retorno para o capital próprio investido.

O investimento em ações pode trazer duas formas distintas de ganhos: a valorização das ações e os dividendos que é parte dos lucros das empresas, distribuídos entre os acionistas.

O indicador P/L é usado mundialmente e os países desenvolvidos possuem um P/L maior do que os emergentes por apresentarem uma maior estabilidade econômica. Segundo o economista americano Robert Shiller, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2013, “Todas as economias bem-sucedidas têm mercado de capitais desenvolvidos”.

 

Artigo de autoria do economista e investidor autônomo, Manoel Gil Costa Soares