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O confuso cenário da política brasileira

 

A cada dia que passa e nos aproximamos da escolha do novo ou do curioso nome do brasileiro que governará o país nos próximos quatro anos, mais confuso ficamos. O cenário é de verdadeira incerteza e até pessimismo em relação ao futuro do Brasil. Os brasileiros, hoje, parecem mais atentos e preocupados, conversando mais sobre política, ouvindo opiniões, mas sem qualquer definição sobre um nome de consenso.

Perdeu-se, nesses últimos anos a ilusão com o Estado, em função da ausência dos governantes na vida das pessoas. O objetivo maior dos políticos é governar em causa própria, fortalecer o seu partido e se manter no cargo por tempo indeterminado. Eu, particularmente não ratifico projetos de poder, mas sim projetos de governo em prol do desenvolvimento do país e isto independem de ideologias de direita ou de esquerda.

O país carece de reformas que o coloque nos trilhos do crescimento da produção, que gere empregos, que dê segurança a população, que melhore o sistema de assistência à saúde, que valorize a educação, enfim que faça renascer na mente da população o orgulho de viver num país de oportunidades para todos e não somente para uma concentrada classe de políticos oportunistas.

Portanto, mais uma vez, a escolha do novo Presidente não será tarefa fácil, em função da amostragem, para aqueles que valorizam o seu voto. Não se iluda com discursos demagógicos, analise o histórico do candidato, lembre-se que o Brasil não está isolado do mundo, somos parte da globalização neoliberal e tudo que ocorre em qualquer parte do mundo repercute por aqui e isto se deve à interconexão financeira. Em qualquer parte do planeta há um banco conectado com os demais bancos e ligado ao centro financeiro internacional em Londres ou em Nova Yorque, atuando simultaneamente.

Por isso, novo Presidente deve ter autonomia para não se render ao domínio absoluto do sistema bancário mundial. O que interessa ao Brasil é a economia real, ou a economia da produção física de bens e serviços. A economia financeira deve estar alinhada a regulação do Banco Central, através do controle do fluxo de capitais, fixação da taxa de juros, administração do câmbio, tudo sob o controle do governo e não de um banco central com ampla autonomia nas decisões. É possível que as pessoas, na sua maioria estejam focadas nas questões urgentes do dia a dia que a mídia nos informa; como a corrupção no setor público, obras inacabadas, escolas sem professores, hospitais inoperantes e tantos outros ditos pelos brasileiros em relação ao país que querem no futuro exibido pela Rede Globo.

Tudo isto vai servir de argumento dos discursos oportunistas dos políticos para nos convencer que serão solucionados imediatamente. Não nos iludamos, o governante que escolheremos para comandar esta grande nação deverá ter pulso firme, muito bem assessorado, estar qualificado para articular todas as reformas que o país necessita e que tenha a aprovação dos brasileiros e o respeito e a admiração dos estrangeiros.


Artigo do conselheiro do Corecon-RS, economista João Carlos M. Madail, publicado no Diário de Pelotas, em 27/07/2018.