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O Brasil e os preços de commodities no mercado internacional

clarissa

 

Clarissa Black
Economista da FEE
Corecon/RS nº 7850

 

 


 

Como têm se comportado os preços internacionais de commodities nos últimos anos?

Os preços internacionais de commodities tiveram significativa valorização no período 2003 a 2011. Esse boom foi puxado inicialmente pelos preços dos combustíveis e metais, com a inserção das commodities agrícolas nessa trajetória de crescimento, em meados de 2006. Cabe destacar que esse movimento de valorização é singular em termos de abrangência de produtos, duração e magnitude dos movimentos. Essa conjuntura de forte crescimento dos preços foi sucedida por uma chamada fase plateau, que durou desde o segundo trimestre de 2011 até a primeira metade de 2014. Nesse período, a característica comum para os preços dos três grupos de commodities é a redução na taxa de crescimento e diminuição da volatilidade. É importante lembrar que os preços dos metais iniciaram uma trajetória de desvalorização já a partir de 2011, enquanto os preços das commodities agrícolas e combustíveis se mantiveram relativamente estáveis em torno de um nível médio superior à média dos anos de boom. A partir da segunda metade de 2014, iniciou a fase de queda dos preços de commodities agrícolas e combustíveis.

Qual o impacto dos preços de commodities no crescimento econômico brasileiro?

Como as commodities têm uma importante participação na pauta de exportações brasileiras e isso influencia a renda doméstica, é de se esperar que períodos de crescimento dos preços de commodities tenham relação positiva com o crescimento econômico. Vale ressaltar que o crescimento econômico tem relação, não com o nível dos preços de commodities, mas sim com a variação desses preços. A título de ilustração, é de se esperar que a fase plateau das commodities, na qual os preços tinham um maior nível do que na fase de boom, mas deixaram de crescer, tenha efeitos nulos sobre o crescimento econômico. Por outro lado, espera-se que o período de boom tenha impacto positivo no crescimento econômico, pois foi um momento de variação positiva dos preços. Já a fase de bust teria efeitos negativos na variação do PIB.

Então a economia brasileira se beneficiou da fase próspera das commodities?

Sim, mas é importante fazer uma ressalva de que esse impacto dos preços de commodities no crescimento econômico não é automático. Em outras palavras, o cenário de valorização desses preços significou um alívio da restrição externa para os países em desenvolvimento exportadores de commodities, como o Brasil. Dessa forma, pode ser considerada uma condição necessária, mas não suficiente para o crescimento econômico. A interpretação sugerida é a de que as políticas de estímulo ao crescimento econômico foram uma opção frente a esse cenário externo favorável.

De que forma as exportações brasileiras estão sendo influenciadas pela queda recente no preço das commodities?

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), no acumulado de janeiro a setembro de 2015 as exportações brasileiras caíram 16,78% em relação à igual período do ano anterior, devido principalmente à contribuição (participação do grupo de produtos na pauta exportadora em 2014 multiplicada pela sua variação em 2015) das matérias-primas não comestíveis, exceto combustíveis (-7,5%). Nesse grupo de produtos, os minérios tiveram a principal contribuição (-5,30%) para a queda das exportações brasileiras. Para esse produto, o efeito negativo dos preços, especialmente do minério de ferro, mais que compensou a variação positiva do volume exportado. Ou seja, essa redução do valor exportado pode ser atribuída ao efeito de queda dos preços das commodities, não acompanhada por uma possível redução das quantidades exportadas em função de uma hipotética redução da demanda chinesa. Um fato que reforça essas considerações é a principal mineradora brasileira ter anunciado recentemente prejuízo com produção recorde.