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Vagas para Economistas

Analista de Planejamento e Performance III
 
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DESCRIÇÃO DA VAGA
Estamos buscando uma pessoa Analista de Planejamento e Performance para compor o nosso time.

REQUISITOS E QUALIFICAÇÕES
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  • Capacidade de síntese e de preparação de materiais executivos;
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  • Familiaridade com Power BI.
 

As instituições financeiras e o fomento

fernanda

 

Fernanda Feil

Economista, Gerente de Estudos Econômicos ABDE

 

 

De que forma a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) pode auxiliar no desenvolvimento econômico e social das regiões?
A ABDE congrega as Instituições Financeiras de Desenvolvimento (IFDs) existentes no País, cuja finalidade consiste no fomento ao desenvolvimento.
Essas instituições, constituídas por bancos públicos federais, bancos de desenvolvimento controlados por estados da federação, bancos cooperativos, bancos públicos comerciais estaduais, agências de fomento, Finep e Sebrae, compõem o que denominamos de Sistema Nacional de Fomento. As regiões do Brasil são marcadas por inúmeras diferenças, dentre as quais se encontra o sistema financeiro, que tem níveis heterogêneos de desenvolvimento e exerce impactos diferenciados entre as localidades. Para minimizar essas disparidades, as instituições financeiras para o desenvolvimento regional, que, no caso do Rio Grande do Sul são representadas pelo Banrisul, BRDE e Badesul, tendem a dar preferência ao financiamento de atividades com forte relação econômica local, além de priorizarem o financiamento de atividades que tenham maior enraizamento local. Deve-se destacar, ainda, que as Instituições Financeiras para o Desenvolvimento Regional podem ampliar o efeito multiplicador do crédito nos locais em que atuam. Finalmente, as instituições financeiras para o desenvolvimento regional agem como braço de políticas públicas dos seus estados controladores. Ou seja, elas são instrumentos de políticas de desenvolvimento do Estado, promovendo a autonomia financeira para a execução de políticas públicas.

Qual o critério utilizado para definir investimento em fomento?
Investimento em Fomento é o investimento de longo prazo voltado a atividades produtivas que geram desenvolvimento, sustentável, social, econômico e regional. Fomento é um estímulo, um impulso, um auxílio. Portanto, fomentar significa agir no sentido de facilitar o desenvolvimento de um país, de uma região ou de um setor econômico. Em última instância, fomentar é promover o desenvolvimento.

Que tipo de juros são utilizados para essas linhas de crédito?
Há diferentes tipos de produtos e programas, com os quais as instituições pertencentes ao Sistema Nacional de Fomento atuam. A heterogeneidade do Sistema e seus produtos são refletidos nas taxas de juros praticadas, cujas taxas variam de acordo com tais programas.

Qual o volume médio de recursos destinado para empresa no âmbito das agências de fomento participantes da ABDE?
As instituições pertencentes ao Sistema Nacional de Fomento, de forma agregada, são responsáveis por aproximadamente 55% do Saldo de Operações de Crédito do Sistema Financeiro Nacional.

Até que ponto a crise afeta o nível de investimentos na área de fomentos?
A crise atua na confiança dos agentes econômicos. A perspectiva de recessão faz com que os agentes adiem novos investimentos. Economia é uma ciência de profecias autorrealizáveis. Assim, a perspectiva de crise reduz o nível de investimento na economia. Da mesma forma, o Sistema Financeiro Nacional, em momentos de retração econômica, reduz a oferta de crédito disponível. Isso quer dizer que o sistema financeiro atua ciclicamente. Ou seja, em momentos
de crescimento econômico, o sistema expande a oferta de crédito – o período em que a confiança dos agentes é alta e a concorrência elevada faz com que os agentes financeiros ampliem a oferta de crédito disponível. Em contrapartida, quando a economia entra em recessão, as instituições financeiras aumentam a preferência pela liquidez e restringem a oferta de crédito, aprofundando o período recessivo e criando um círculo vicioso no qual a retração do crédito gera inadimplência e depreciação dos ativos, o que agrava o cenário pessimista e gera ainda maior retração do crédito.
Precisamente por essa razão, as Instituições Financeiras de Desenvolvimento são tão importantes para o desenvolvimento do país. Dentre outras razões para sua existência, elas agem anticiclicamente. Isso quer dizer que atuam no sentido de minimizar os efeitos prejudiciais da retração do crédito privado em momentos de desaceleração da economia, evitando rupturas drásticas no financiamento ao investimento.

Como vem sendo vista a participação dos economistas nos projetos econômico-financeiros?
Pelo lado da demanda, a participação dos economistas é essencial, uma vez que esses profissionais são aptos a preparar o projeto econômico financeiro.
Pelo lado da oferta de crédito, os economistas são os responsáveis pela análise da sustentabilidade do projeto. Adicionalmente, os economistas analisam riscos, cenários e produzem o planejamento estratégico das instituições financeiras.

Como estão os níveis de investimentos neste momento de crise econômica?
As informações de investimento mais recentes para a economia brasileira são os dados de Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF), das Contas Nacionais do IBGE. No primeiro trimestre de 2015, a participação da FBKF sobre o Produto Interno Bruto (PIB) era da ordem de 19,5%, valor que se reduziu para 16,8%, no quarto trimestre. Estes dados são consistentes com o que temos observado nos indicadores de confiança elaborados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao longo do ano de 2015. No comércio e, especialmente, na indústria, os empresários sinalizaram importante piora em suas expectativas para a economia brasileira, o que seguramente fez com que segurassem investimentos. No primeiro trimestre de 2016, ainda não observamos sinais de recuperação. Na última Sondagem de Investimentos da FGV, 44,2% dos empresários responderam que pretendiam reduzir investimentos nos próximos 12 meses. Como disse antes, a crise atua sobre a expectativa dos agentes.
Para sairmos dela, será necessário recuperar a confiança dos investidores no futuro da economia brasileira.