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Primeiras medidas econômicas do governo Temer

fuchs

 

Paulo Costa Fuchs

Economista, sócio-diretor da FAAST Consultoria inteligente,
vice-presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE)
Corecon/RS nº 7783


Como você está vendo a economia do governo interino de Michel Temer?
Eu, particularmente, costumo ter certa reserva com todos os planos políticos, mas se percebe, nas primeiras medidas econômicas do governo Temer, uma sinalização com vontade de mudar em relação aos parâmetros que estávamos vivenciando até pouco tempo. Pode-se destacar, como principal ponto, basicamente a honestidade em relação às contas públicas. Ao assumir o governo, a nova equipe econômica já abriu os números. Não aqueles números que todos no mercado já sabiam que eram fantasiosos, da cabeça do Guido Mantega, de Nelson Barbosa, ou, mesmo, de Dilma Rousseff. Essa diferença já é muito positiva. Agora, se o novo governo vai realizar as reformas necessárias, de modo a fazer com que o País entre novamente num novo ciclo de desenvolvimento sustentável, tenho algumas reservas. Não tenho certeza se será possível.

E como estão as expectativas do empresariado em relação a esse novo cenário?
Tem muita gente esperançosa com o governo, mais devido ao pessimismo do passado. Até porque, diante daquele cenário, qualquer mudança trás novas expectativas e perspectivas de melhorias, especialmente o empresário que está criando riqueza, está gerando empregos e se ele fosse um pessimista jamais teria aberto sua empresa. É que o empresariado, por natureza, geralmente tem uma visão mais otimista do cenário. Então nessa transição, depois de algumas demonstrações do presidente interino, o empresariado ficou mais satisfeito e mais confiante. Só que, neste momento, não adianta apenas mostrar que o déficit está aí. Tem que resolver. Eu, como empresário, ainda estou bem receoso e temos que esperar algum resultado mais concreto, confiável, para, aí sim, começarmos a acreditar em qualquer medida governamental.

A dívida pública é o nosso principal problema hoje?
É a dívida pública, mas principalmente a descrença nacional e internacional com o modelo de estado que estávamos vivenciando até pouco tempo e, também, ao longo de muitos anos. Trata-se de um modelo, que é o estado atribuindo muitas funções a si mesmo, acreditando que resolveria problemas e gerando, com isso, uma sequência de problemas não intencionados. Exemplo disso é o BNDES, cuja intenção é muito positiva, ao buscar ajudar no barateamento o custo do empresariado no momento do investimento, e o resultado disso foi na verdade inflação alta e um mega desperdício de recursos em empresas que seriam financiadas no mercado. Então o empresariado está olhando esse cenário. Quer ver algum resultado que valha à pena se movimentar. Hoje, o principal problema do Brasil é a sinalização de qualquer realização positiva por parte do governo, mostrando que vai mudar e fazer reformas para o empresariado voltar a acreditar e a investir, e a economia, com isso, sair da depressão que ela se encontra.

Onde iniciou o problema nas gestões anteriores?
Foi especificamente na segunda gestão do governo Lula, quando houve a crise internacional. No primeiro mandato, Lula manteve diversos fundamentos corretos da era FHC. Promoveu algumas pequenas mudanças, mas não fez as reformas necessárias, como tributária, previdenciária e trabalhista. O País surfou uma onda de crescimento, devido à alta das commodities internacionais, cujos preços estavam em alta histórica, em função da China. E o Brasil, que vende muitas commodities, se aproveitou disso. Teve um momento de riqueza momentânea e, ao invés de se aproveitar dessa riqueza e promover as reformas, o governo Lula resolveu gastar todos esses recursos, endividando o País e mudando o padrão de desenvolvimento que estávamos vivenciando. Padrão este baseado num sistema de governança com respeito ao orçamento, onde se gasta menos do que se arrecada, enfim, fundamentos básicos para uma economia moderna. Ele inverteu esse processo sob o argumento de que o estado era o indutor do crescimento. Foi o caso do segundo mandato do governo Lula, assim como os governos Dilma 1 e 2. Dilma inclusive pode ser chamada de “Geisel 2”, já que ela se utilizou do mesmo modelo nacional desenvolvimentista que vimos muito bem ao longo da ditadura militar e que foi um fracasso retumbante. Basicamente, foi essa guinada de modelo, de um contexto onde o estado estava gradualmente diminuindo sua interferência na economia, para o retorno do intervencionismo, com o BNDES (campeões nacionais), mudança nas alíquotas de energia, o retorno do descontrole inflacionário, PAC, Minha Casa Minha Vida e vários outros programas que saíram da cabeça dos planejadores centrais e não do mercado. E deu no que deu.