programa nacional de prevencao l ogo

Logo ENEFlogo programa prevencao corrupcao150

banner alerta-golpe

banner golpe2

SETORES CORECON-RS

Setor de Cobrança
(segunda via de boleto e valores devidos)
cobranca@coreconrs.org.br | financeiro@coreconrs.org.br

Setor de Registro
(cancelamento e registro novo) 

Setor de Fiscalização  fiscal@coreconrs.org.br

Setor Jurídico  juridico@coreconrs.org.br 
 
 

Banner servicos online

servicos online post site 550

Vagas para Economistas

Analista de Planejamento e Performance III
 
LOJAS RENNER
Inscrições internas até 15/04

DESCRIÇÃO DA VAGA
Estamos buscando uma pessoa Analista de Planejamento e Performance para compor o nosso time.

REQUISITOS E QUALIFICAÇÕES
  • Formação Completa em Engenharias, Economia, Contabilidade e Administração;
  • Capacidade analítica e de resolução de problemas;
  • Capacidade de síntese e de preparação de materiais executivos;
  • Domínio de Excel e Power point;
  • Familiaridade com Power BI.
 

O espaço do Brasil no comércio internacional

silvia

 

Sílvia Letícia Bampi
Economista, 2º Lugar “Prêmio Corecon-RS” Dissertação de Mestrado
Corecon-RS Nº 8258

 

Sobre o que trata o trabalho “Uma abordagem gravitacional da evolução do comércio potencial entre o Brasil e parceiros asiáticos selecionados”, 2º Lugar no “Prêmio Corecon-RS”, categoria Dissertação de Mestrado?
Dada à relevância da influência dos países asiáticos no comércio internacional como um todo, além do expressivo crescimento registrado em comparação com África, América Latina e principalmente em relação ao Brasil, o estudo buscou avaliar a inserção asiática no comércio mundial, bem como, a evolução e o perfil das relações comerciais do Brasil com as principais economias da Ásia no período compreendido entre 2000 a 2014. Para a partir de então, através de ferramentas que vêm sendo utilizadas para “medir” as potencialidades de comércio entres as nações, estimar o comércio potencial do Brasil com o continente asiático.

O que foi constatado ao longo do estudo?
O crescimento das exportações mundiais em proporções maiores que o PIB mundial elevou o nível de integração das economias. A partir de então, diversos estudos relacionaram o nível de crescimento do produto/renda dos países com a expansão do comércio internacional. Foi, principalmente, a partir do final da década de 1980 que o comércio internacional passou a ter um papel mais relevante para a economia brasileira, com intuito de ampliar a sua competitividade e modernização. Apesar disso, o Brasil continua sendo uma economia fechada quando considerada a participação das exportações e importações no PIB.

Por que aconteceu isso?
Se usarmos a comparação do trabalho dos autores Canuto, Fleischhaker e Schellekens (2015), a abertura comercial dos parceiros brasileiros do BRICS (Brasil, Índia, Rússia e China), o termo difundido pelo economista Jim O’ Neill (2001), vinculado ao banco Goldman Sachs, atingiu uma proporção em relação ao PIB de cerca de 50%, enquanto em 2013, no Brasil, esta proporção foi de apenas 27,6%. Paralelamente à essa expansão do comércio, acontecia, de forma global, uma mudança na direção dos fluxos comerciais, o que apresentava como relevante o crescimento de economias asiáticas, como por exemplo, a China e a Índia. O crescimento chinês, por exemplo, reforçou a conceitualização dos BRICS como potências emergentes globais.

Que ferramenta métrica foi utilizada no trabalho?
A ferramenta econométrica que foi a utilizada no estudo é o modelo gravitacional, que correlaciona o comércio com as distâncias geográficas e níveis de renda dos países. Estuda o comércio bilateral entre os países e verifica que este é diretamente proporcional ao produto de seus PIBs e inversamente proporcional à distância entre eles.

Qual o objetivo do estudo?
O estudo objetivou verificar se existiam possibilidades de expansão do comércio brasileiro com as principais economias asiáticas, utilizando o ferramental econométrico, através da estimativa do comércio potencial do Brasil. Essas estimativas foram realizadas através do modelo gravitacional, considerando as principais economias da região, como China, Japão, Índia, Coréia do Sul e de alguns países membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), como Filipinas, Indonésia, Malásia, Tailândia, Singapura e Vietnã, no período de 2000 a 2014.

De que forma ocorreram essas alterações dos modelos de consumo das economias industrializadas?
As desagregações sociais causadas pela segunda guerra mundial trouxeram consigo uma reforma nos direcionamentos da economia no fim do século XX. Neste cenário, as preocupações dos norte-americanos, até então, poderio econômico mundial, voltam-se para a Ásia, opondo-se à sua postura anterior em relação à Europa. O emergente sucesso de países asiáticos ocasionou efeitos reais ao sistema econômico mundial. Com uma política industrial, comercial e macroeconômica voltada a uma grande estratégia social e nacional, conquistaram uma posição internacional autônoma e preeminente.

Esse movimento foi benéfico ao comércio internacional?
De modo geral, tais efeitos podem ser considerados positivos, pois esse evidente sucesso asiático, principalmente da China, trouxe desenvolvimento via investimento externo em diversos países, provocou diminuição nos preços mundiais de produtos e enfatizou a necessidade de renovação tecnológica para a sobrevivência das empresas no mercado mundial. Assim, a fragmentação geográfica de inúmeras regiões configurou um novo padrão de comércio. Com isso, a criação de cadeias globais especializadas em determinada produção refletiu as mudanças de percepção com relação à política comercial. O que, de acordo com informações da Organização Mundial do Comércio (OMC), começou com uma alteração nos modelos de consumo das economias industrializadas, que encontraram um potencial de oferta em alguns países em desenvolvimento. Isso, por sua vez, veio a reconfigurar o funcionamento da estrutura internacional de comércio.

Quais as principais constatações do estudo?
De forma geral, os resultados encontrados destacaram que o comércio do Brasil com a Ásia vem perdendo espaço ao longo dos anos. No entanto, o último período analisado, que foi 2014, apresentou um potencial de expansão de 2,52%. O fluxo potencial foi calculado para os anos de 2001, 2007 e 2014, sendo possível analisar as modificações ao longo do período abrangido pela amostra. Nos três anos examinados, as importações brasileiras da Ásia ficaram aquém das importações efetivas. As importações estimadas dos parceiros asiáticos do Brasil, por sua vez, ficaram acima das efetivas em 2001 e 2014, resultando em um potencial de expansão de 21,1% nesse último ano.

Neste contexto, a percepção é que ainda existe espaço para expansão das exportações brasileiras?
Sim. Uma das constatações é que ainda haveria significativa oportunidade de expansão das exportações brasileiras para esses destinos, dado o baixo grau de acessibilidade a estes mercados, identificado ao longo do estudo. Verificou-se a possibilidade de expansão em termos absolutos de U$$ 22.540 milhões das exportações brasileiras para os destinos asiáticos. Destaque para possibilidade de expansão dos fluxos de exportação do Brasil com Filipinas, China e Coréia do Sul, 313,57% (U$$ 538 milhões), 36,99% (U$$ 19.115 milhões) e 33,63% (U$$ 1.650 milhões), respectivamente. Além destes, Tailândia, Singapura e Malásia também apresentaram um potencial de comércio acima do efetivo, quando observado o Brasil como exportador. Portanto, pode se observar que existem significativas possibilidades de expansão de comércio brasileiro com a Ásia.

Qual a importância da ampliação desse comércio com as economias asiáticas?
Esse fator tenderia a alavancar diversos setores da economia brasileira, com melhorias em tecnologia e eficiência, dado o alto grau tecnológico de países como o Japão, por exemplo, que caracterizou um potencial de aumento de suas exportações para o Brasil de 10,36%, em 2014. Também, um maior relacionamento com essas economias seria uma via de abertura para relações com economias da Ásia-Central e demais países do continente, favoreceria a abertura comercial brasileira e, também asiática, aumentando a inserção destes nas cadeias de produção global.