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Emprego formal no agronegócio gaúcho aumenta nos primeiros meses do ano

feix

 

Rodrigo Feix
Economista, pesquisador da FEE
Corecon-RS Nº 7851

O representa para a economia gaúcha o saldo positivo de empregos formais registrados no agronegócio no mês de fevereiro último?
A pesquisa realizada pela FEE acompanha o emprego formal, com carteira assinada, no agronegócio do Rio Grande do Sul. As características da estrutura produtiva desse setor no Estado confere um caráter sazonal aos dados. No primeiro trimestre de cada ano, em função da elevação do número de admissões para as atividades direta e indiretamente vinculadas à colheita da safra de verão, os saldos são positivos. Nesse ano, em fevereiro, foram criados mais de sete mil empregos. Em janeiro, foram mais de dez mil. O impacto dessa demanda temporária por mão de obra se concentra, principalmente, em municípios de pequeno e médio portes do interior do Estado, onde é mais expressiva a participação das atividades agropecuária e agroindustrial na geração de renda. Ressalvando que os empregos criados nesse setor - especialmente nesse período - serem de baixa ou média remuneração, sua relevância é expressiva, pois o agronegócio constitui a base econômica e produtiva dessas regiões.

A que se deve esse resultado?
Basicamente, os resultados derivam da nossa estrutura produtiva e das especificidades do ciclo das culturas mais relevantes da agropecuária gaúcha. Em fevereiro, por exemplo, o setor que mais contribuiu para a geração de empregos no agronegócio foi o de fabricação de produtos do fumo (mais 2.834 postos). Obviamente, isso decorre do encerramento da colheita e preparação das folhas do fumo pelos agricultores. A disponibilidade da oferta dessa matéria prima é concentrada no tempo, daí o motivo de a indústria fumageira manter um nível elevado de admissões de janeiro a abril. Fenômeno similar ocorre nas culturas da maçã e da uva, intensivas em mão de obra no período da colheita.

Como foi esse movimento, comparado aos meses anteriores?
Considerando os dois primeiros meses do ano, pode-se afirmar que o agronegócio está gerando mais empregos em 2018, apesar de a safra agrícola ter se reduzido. Enquanto em 2017 foram gerados 12.670 empregos, nesse ano, de janeiro a fevereiro, o número supera os 17 mil. Essa diferença resulta, em primeiro lugar, da antecipação de desligamentos nos setores de fabricação de sementes e de conservas, ocorridas em dezembro. Além disso, alguns setores se beneficiaram com a leve recuperação do mercado doméstico ou com o aumento dos volumes exportados. Esse foi o caso da indústria de carnes, que, considerando os vínculos com carteira assinada, é a maior empregadora do agronegócio gaúcho. Em função da aceleração do ritmo de abates e da retomada da atividade em plantas fechadas, houve maior demanda por mão de obra nesse setor.

Que segmentos do agronegócio mais contribuíram para esses resultados?
Nos dois primeiros meses do ano, os maiores saldos positivos foram verificados nos setores de produção de lavouras permanentes (mais 7.848 postos) e da indústria fumageira (mais 3.679 postos). Trata-se dos casos ilustrativos da sazonalidade do agronegócio gaúcho, citados anteriormente (maçã, uva e fumo). Além desses setores, também se destaca a indústria da moagem e beneficiamento de cereais (mais 1.403 empregos), especialmente em função do arroz, e de comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais (mais 1.395 postos).

Algum setor se destacou negativamente?
Nos primeiros meses do ano a tendência geral é que as admissões superem os desligamentos nos principais setores do agronegócio gaúcho. Em 2018, os principais saldos negativos ocorreram nos setores de produção de sementes e mudas certificadas (-277 empregos), fabricação de conservas (-245 empregos) e laticínios (-76 empregos). Em todos esses setores a perda de empregos em 2018 foi inferior a igual período de 2017.

Mesmo que esses movimentos estejam relacionados à sazonalidade, podem ser considerados de relevância para a economia?
Sem dúvida são importantes para a economia das regiões em que essas atividades estão concentradas. No Rio Grande do Sul muitos municípios e regiões são conhecidos a partir da sua estrutura produtiva agropecuária e agroindustrial. Vacaria com a maçã; Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires com o complexo fumageiro; o Vale do Taquari com o complexo lácteo e a indústria da carne; a Campanha com a bovinocultura de corte etc. Por óbvio, o dinamismo econômico dessas regiões guarda relação com o desempenho do agronegócio. O alcance desse dinamismo em termos de desenvolvimento é diverso, variando, por exemplo, segundo a eficiência produtiva alcançada, o comportamento da demanda, o perfil da mão de obra exigida e os encadeamentos locais entre a agropecuária e a indústria de transformação.