Economistas e estudantes lotam auditório da Unisinos no III Encontro de Economia

O Corecon-RS promoveu, no último sábado, dia 24, na Unisinos Campus Porto Alegre, o III Encontro de Economia, que reuniu, ao longo de todo o dia, economistas de renome para discutirem temas, como o acordo do Mercosul com a União Europeia, o papel dos bancos de desenvolvimento na atualidade, a transformação digital, economista e mercado de trabalho, entre outros assuntos.

palco5O Encontro foi aberto pelo presidente do Corecon-RS, economista Rogério Tolfo. O presidente agradeceu a presença dos professores, coordenadores e estudantes de Cursos de diversas universidades de todo o estado, como Fahor, UFRGS, UFSM, UCS, Unisinos, Unipampa, PUCRS, Fadergs, Unijuí, Ulbra, UPF, UFPel e FURG. Ressaltou a importância dos apoiadores e patrocinadores do evento e anunciou os temas e painelistas que se apresentarão ao longo do dia.

nunes5A palestra de abertura foi proferida pelo Economista-Chefe da Federação das Indústrias do Estado do RS (Fiergs), André Nunes de Nunes, que abordou o tema “O Acordo de Livre Comércio Mercosul-UE e as perspectivas para a indústria”.

Economista, com mestrado e doutorado em Economia Aplicada pela UFRGS, André Nunes é Economista-Chefe da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) e Coordenador do Comitê de Investimentos da Sociedade de Previdência Privada do Rio Grande Do Sul (Indusprevi). Iniciou sua fala apresentação um resgate histórico desde a criação do Mercosul em março de 1991, com a assinatura do Tratado de Assunção, enfocando as dificuldades e os avanços até o momento atual. Apresentou dados em PIB sobre o grau de abertura comercial, a evolução das tarifas de importação e benefícios da integração. Abordou as principais características do Acordo entre o Mercosul e a União Europeia e falou das diferenças das políticas comerciais existentes entre os dois blocos. “O bloco europeu é bastante aberto e seu protecionismo é concentrado em produtos agrícolas e alimentares, justamente aquelas que o Mercosul tem mais vantagens comparativas”, afirmou, lembrando que “o Mercosul nunca realizou acordo com países desenvolvidos e abrangendo tantos temas”. Falou da balança comercial atual do Brasil com os países da União Europeia e da ampliação do comércio que o Acordo possibilitará aos países integrantes do Mercosul. Apresentou, também, uma radiografia da situação comercial do Rio Grande do Sul com os países da comunidade europeia e falou dos benefícios que o Estado terá com a ampliação do comércio com esses países. “Para o Rio Grande do Sul, o Acordo é mais positivo do que para os outros estados brasileiros, principalmente pela sua maior inter-relação com o agronegócio, setor em que o País possui maior ofensividade no Tratado”, disse. Encerrou sua explanação apresentando uma análise histórica, por setor, do comportamento comercial da indústria brasileira e de suas dificuldades para aumentar a competitividade no comércio internacional.

paineldesenvolv4

No primeiro painel do dia, os economistas Antonio José Alves Junior, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ) e ex assessor do BNDES, Ricardo Hingel, ex-Diretor do Banrisul, e Guilherme Stein, professor da Escola de Negócios da Unisinos e conselheiro do Corecon-RS, com a mediação da jornalista Patrícia Comunello, editora assistente do site do Jornal do Comércio, discutiram o papel dos bancos de Desenvolvimento na atualidade.

Patrícia Comunello falou da importância do tema no contexto da economia brasileira e apresentou o perfil de cada um dos painelistas.
Guilherme Stein explicou, através de exemplos, o processo de liberação de linhas de crédito ofertadas pelos bancos de desenvolvimento às empresas, questionando se realmente esse modelo encontrava-se adequado ao cenário econômico nacional. Lembrou que o papel desses bancos de direcionarem crédito para empresas específicas com projetos menos lucrativos poderia ser útil se esses projetos tivessem alto retorno social, “o que é muito difícil de mensurar e identificar”.

O ex-assessor da presidência do BNDES e atual professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, economista Antonio José Alves Junior, falou sobre a relação financiamento e desenvolvimento, efeitos da carência de financiamento de longo prazo, investimentos privados, financiamento público em infraestrutura e apresentou dados históricos, de números e volumes, de operações diretas e indiretas de financiamento e concessões de crédito. Falou, ainda, sobre as propostas de saída da crise através de investimento em infraestrutura gerado pelo setor privado.

O ex-Diretor do Banrisul, Ricardo Hingel, falou sobre investimentos, juros e os bancos de desenvolvimento. Lembrou que o maior desafio para o crescimento sustentável do Brasil é o financiamento, e criticou o modelo de geração de desenvolvimento concentrado nas mãos do Estado, “que tem se mostrado ineficiente ao longo do tempo”. Citou exemplos de projetos de desenvolvimento, como o PAC, que não deram certo por terem gerado aumento da dívida e desequilíbrio fiscal. Apresentou dados sobre as taxas de poupança de investimento no Brasil, taxa Selic, IPCA, juro real ex post e TJLP, e falou sobre o ambiente de negócios e competividade no Brasil. Disse que a incapacidade de investir do Estado, acabou gerando o voluntarismo econômico, onde, “mesmo com gastos de custeio crescentes, buscou-se investir, mesmo assim, de forma insuficiente”.

paineltransf2

Fizeram parte do primeiro painel da tarde, que abordou transformação digital, Lucas Chagas e Tayllis Zatti, da Nelogica, Carlos Dottori, da XL7 Data Science, e Gabriel Andriotti, do Sicredi Digital. A mediação foi do conselheiro do Corecon-RS, economista Pedro Lutz Ramos.
Doutor em Economia pela UFRGS, Pedro Ramos é Economista-Chefe do Sicredi e conselheiro do Corecon-RS. Apresentou o perfil de cada um dos painelistas e encaminhou a palavra ao primeiro painelista.

Analista Sênior de Conteúdo da Nelogica e trader no mercado de minicontratos futuros, Lucas Chagas é graduado em Administração de Empresas pela UFRGS e pós-graduando em MBA BrokerGlobaI pelo IBMEC, Lucas atua há mais de quatro anos no mercado financeiro, elaborando materiais escritos, audiovisuais e webinários para traders de diversos perfis analíticos e operacionais, com foco em day-traders,que utilizam a análise gráfica e a análise de fluxo de ordens. Explicou que a sua empresa trabalha com a criação de softwares para mercado financeiro e apresentou uma abordagem histórica sobre a evolução da tecnologia no meio da bolsa de valores.

Graduanda em Ciências Atuariais pela UFRGS, Tayllis Zatti é produtora de Conteúdo da Nelogica. Explicou sua atividade na empresa e a preocupação com a qualidade dos conteúdos que são elaborados para as redes sociais, como facebook, linkedin e instagram.

Bacharel em Ciências da Computação e mestre em Administração de Empresas pela UFRGS e pós graduado em Administração pela Fundação Dom Cabral, Carlos Dottori é diretor de Negócios da XL7 Data Science. Com mais de 25 anos de atuação nos mercados de tecnologia, varejo e logística, possui larga experiência em cargos executivos de TI, onde conduziu projetos inovadores, como a emissão da primeira Nota Fiscal Eletrônica do Brasil. Falou sobre a ciência de dados, mineração na internet e arquitetura de nuvem, além da importância dos estudos de mercado, de valor e de carteiras de clientes, e, ainda, sobre os métodos estatísticos tradicionais e de inteligência artificial para poder projetar mercados e indicadores estratégicos para empresas.

Gabriel Andriotti é graduado em Estatística pela UFRGS, com especialização em métodos quantitativos pela PUCRS. Cientista de Dados na plataforma digital do Sicredi, no Tecnopuc, Andriotti falou sobre as empresas em que já trabalhou explicou que está indo para a NuBank, onde irá desenvolver estudos sobre plataformas digitais. Falou de suas experiências no desenvolvimento da plataforma digital Woop, do Sicredi, que teve início em 2017. Modelo inspirado no Spotfy, considerado mais horizontal, o Woop está proporcionando aos clientes maior interatividade com ofertas e experiências digitais, além dos recursos tradicionais oferecidos pela empresa. “Prestem muita atenção no que vem acontecendo no mercado financeiro do Brasil!”, afirmou, lembrando as transformações digitais e citando exemplos, como a Nubank, empresa criada há seis anos e que apresentou rápida inserção no mercado.
mercado7
“O economista e o mercado de trabalho” foi o tema do painel de encerramento, que contou com as participações dos economistas Marcos Tadeu Lelis, professor da Unisinos, José Junior de Oliveira, conselheiro do Corecon-RS, professor da ESPM e vice-presidente da Apimec, Patrícia Palermo, Economista-Chefe da Fecomércio e professora da ESPM, Giovana Menegotto, doutoranda em Economia Ufrgs, e do estudante de Economia Everton Bisinella, da UPF.

Graduado em Ciências Contábeis pelo Universidade de Passo Fundo em 2015, o estudante de Ciências Econômicas pela UPF, Everton Bisinella iniciou sua fala explicando que viu no intercâmbio proporcionado pela Universidade uma possibilidade de crescimento no aprendizado, o que acabou levando-o a estudos na Polônia. Lá, enfrentou a fase inicial de grandes dificuldades de comunicação, mas a curiosidade pelas diferenças de cultura acabaram impulsionando o seu aprendizado. Falou das características educacionais e econômicas do país.

Giovana Menegotto falou sobre sua trajetória, desde quando decidiu largar sua atividade principal, como Nutricionista, para optar pela Economia. Cursou o mestrado na área da Economia da Saúde e vem realizando o doutorado, com o intuito de ingressar na área Acadêmica. Disse que, paralelamente a esse objetivo, vem atuando na Assessoria da Fecomércio, cuja experiência tem sido extremamente gratificante.

O professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da Unisinos e consultor em Inteligência Comercial e Competitiva, economista Marcos Lelis, falou sobre sua trajetória, que iniciou com estudos, ao longo de quatro anos, de Engenharia Química, de Produção. Tempos depois, optou pela Economia, quando, ainda como graduando teve a oportunidade de participar de projetos de pesquisa dentro da Universidade. Graduado, entrou na academia e foi convidado a atuar na área de inteligência comercial, através da Apex Brasil. Falou de suas atividades como professor e de consultoria, na elaboração de projetos e implementação de metodologias de medição de impactos de políticas públicas, desenvolvidos em consultoria de inteligência comercial.

Economista, com pós-graduação e especialização em Administração Financeira pela Unisinos e com mestrado profissional em Economia Aplicada pela UFRGS, José Júnior de Oliveira é vice-presidente da Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec-Sul) e Analista Sênior da Caixa de Assistência dos Empregados do Banrisul (Cabergs). É conselheiro do Corecon-RS e professor universitário na área de Finanças e Mercado de Capitais na ESPM Sul, e de Finanças, Mercado de Capitais e Governança Corporativa em cursos de pós-graduação e MBA em diversas instituições de ensino superior. Disse que desde o início de sua graduação identificou-se com a área de mercado de capitais e gestão de recursos, onde passou a atuar. Anos depois, por volta de 2006, ingressou na Academia, o que o levou a fazer o mestrado. Ressaltou que, como professor da área financeira, sente claramente que os cursos de economia deveriam se aproximar mais do mercado de capitais, que tem uma ligação muito forte com o setor produtivo da economia.

Economista, com mestrado e doutorado em Economia Aplicada pela UFRGS, Patrícia Palermo é Economista-Chefe da Fecomércio-RS, professora da ESPM e das faculdades São Francisco de Assis. Possui larga experiência como consultora econômica de indústrias, grandes varejistas, grupos hoteleiros e instituições financeiras e foi Economista do Ano Corecon-RS, em 2016, e recebeu o Prêmio "Mulheres que Inspiram", do Jornal Zero Hora, em 2017. Patrícia falou sobre sua trajetória estudantil e profissional. Disse que entrou na universidade onde iniciou seus estudos em Farmácia, mas, como nunca se sentiu à vontade no curso, cancelou a matrícula um ano e meio depois, partindo, em seguida, para a economia. Ressaltou que a matemática e o modo lógico de processar o funcionamento das escolhas, proposto pelas ciências econômicas, a fizeram sentir-se rapidamente atraída pelo novo curso. Destacou que o curso de economia possibilitava a ela o exercício de uma habilidade, que é a capacidade de comunicar-se de forma clara, didática e objetiva. Dirigindo-se aos estudantes, disse: “Aprendam línguas, programação e comuniquem-se bem, na fala e na escrita! Existe um desafio muito grande para os economistas, que é falar uma linguagem que as pessoas possam entender”, explicou. Outra questão destacada pela economista foi o empenho. “Esforcem-se porque, a partir daí as coisas boas começam a acontecer. Não interessa o que vocês façam, façam da melhor maneira possível, sempre! Quando fazemos algo com excelência, passamos a chamar a atenção”, complementou.

O presidente do Corecon-RS encerrou o III Encontro de Economia, agradecendo a presença de estudantes e professores de diversas instituições do interior do Estado. Agradeceu aos coordenadores dos Cursos, professores Gisele Spricigo (Unisinos), Rogério Piva (FURG),Marlene dal Ri (Unijuí), Julcemar Bruno Zilli (UPF), Stephan Sawitzki (Fahor) e Jaqueline Maria Corá (UCS), e aos conselheiros e colaboradores do Corecon-RS pelo apoio. Ressaltou, ainda, a importância dos patrocínios do Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE) e do Conselho Federal de Economia (Cofecon), com o apoio da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Docile Alimentos e Águas Mineral Sarandi, para o sucesso do Encontro.
auditorio18

 


Também participaram do III Encontro de Economia o conselheiro Aristóteles Galvão,o grande responsável pela articulação e presença dos Cursos de Economia ao evento, os conselheiros Antônio Carlos Brites Jaques, Filipe Grisa, Lucas Schifino e Vanessa Sulzbach. Da mesma forma, prestigiaram o evento, o ex-presidente do Corecon-RS e atual conselheiro federal Clovis Meurer, o conselheiro federal Henri Bejjzman, o ex-presidente do Corecon-RS, Lauro Renck, os ex-vice-presidentes Bruno Breyer Caldas, Carlos Alberto Abel e Darcy Francisco Carvalho dos Santos, o ex-conselheiro Vladimir da Costa Alves e a coordenadora da Comissão de Educação Financeira do Corecon-RS, Janile Soares.

Clique aqui para acessar a Galeria de Fotos do III Encontro de Economia

 Clique aqui para acessar os vídeos do Evento

 

 

Presidente da JucisRS visita o Conselho e anuncia prorrogação do prazo para Cancelamento do Registro de Inatividade das empresas

O presidente do Corecon-RS, economista Rogério Tolfo, e o conselheiro Aristóteles Galvão, receberam, na tarde do dia 21, quarta-feira, na sede do Conselho, a visita do presidente da Junta Comercial, Industrial e Serviços do RS (JucisRS), Flávio Koch.

O representante da Junta Comercial informou que faz a visita para colocar sua Entidade à disposição dos economistas “para a construção de convênios e parcerias que venham a estimular o empreendedorismo no Estado”. Kock ressaltou que a Junta Comercial está prorrogando o prazo para o cancelamento do Registro de Inatividade das empresas em mais 60 dias, portanto até o dia 13 de setembro, já que o prazo anterior findava em 15 de julho de 2019. Lembrou, ainda, que é de extrema importância que, para evitar o Cancelamento por Registro de Inatividade, as empresas deverão arquivar no órgão de registro alguma alteração de seu ato constitutivo ou uma comunicação informando que se encontra em funcionamento. Explicou que o Cancelamento por Registro de Inatividade é um ato administrativo previsto no artigo 60, da Lei 8.934/1994 em que a Junta cancela o registro das empresas que não procederem a qualquer arquivamento, como alteração contratual, atas, documentos de interesse, entre outros, no período de 10 anos consecutivos.

Rogério Tolfo agradeceu a presença do representante da JucisRS e disse que a medida de prorrogação do prazo "é de extrema importância para que os economistas e empresas registradas no Conselho tenham tempo hábil para fazerem o comunicado de funcionamento de suas empresas junto à Junta Comercial. Concentraremos todos os nossos esforços no sentido de informar a toda a catogoria sobre a importância dessa comunicação", acrescentou. Tolfo entregou, ainda, ao presidente da JucisRS, ofício em que reforça o interesse do Corecon em renovar o convênio 014/2014, entre as duas entidades, que prevê o uso de informações arquivadas na JucisRS, para fins de subsidiar e agilizar as atividades fiscalizatórias realizadas pelo Conselho.

Também participaram da reunião os fiscais do Conselho, economistas Antônio Hickmann e Inara Betat.

Ofício da JUCIS

Corecon-RS promove, neste sábado, III Encontro de Economia

O Conselho Regional de Economia do RS (Corecon-RS) promove, no próximo sábado, dia 24 de agosto, das 8 horas às 18 horas, na Unisinos - Campus Porto Alegre (Dr. Nilo Peçanha, 1600 - Boa Vista), o III Encontro de Economia. O evento reunirá economistas de renome para discutirem temas, como o acordo do Mercosul com a União Europeia, o papel dos bancos de desenvolvimento na atualidade, a transformação digital, economista e mercado de trabalho, entre outros assuntos.

O Encontro será aberto pelo presidente do Corecon-RS, economista Rogério Tolfo, e a palestra de abertura, com início às 9h15min, será proferida pelo Economista-Chefe da Federação das Indústrias do Estado do RS (Fiergs), André Nunes de Nunes, que abordará “O Acordo de Livre Comércio Mercosul-UE e as perspectivas para a indústria”. Em seguida, os economistas Antonio José Alves Junior, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ) e ex-BNDES, Ricardo Hingel, ex-Diretor do Banrisul, e Guilherme Stein, professor da Unisinos e conselheiro do Corecon-RS, com a mediação da jornalista Patrícia Comunello, do Jornal do Comércio, abordarão o tema “O Papel dos Bancos de Desenvolvimentos na Atualidade”. Na parte da tarde, Lucas Chagas e Tayllis Zatti, da Nelogica, Carlos Dottori, da XL7, e Gabriel Andriotti, do Sicredi Digital, comporão o painel “Transformação Digital”, que terá a mediação do conselheiro do Corecon-RS, economista Pedro Lutz Ramos. Em seguida, outro painel, que abordará “O economista e o mercado de trabalho”, contará com as participações dos economistas Patrícia Palermo (ESPM/Fecomércio), Giovana Menegotto (doutoranda em Economia Ufrgs), Marcos Tadeu Lelis (Unisinos) e José Junior de Oliveira (Conselheiro do Corecon-RS, ESPM, Apimec), e do estudante de Economia Everton Bisinella (UPF).

Numa realização do Corecon-RS, o III Encontro de Economia tem os patrocínios do Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE) e do Conselho Federal de Economia (Cofecon), com o apoio da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Docile Alimentos e Águas Mineral Sarandi.

Para maiores informações, clique aqui

Atenção, Economista! Eleições 2019

Eleições 2019


Conforme Edital de Convocação de Eleições publicado no dia 14 de agosto do corrente ano, no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul D.O.E, o Conselho Regional de Economia 4ª Região/RS, torna público que nos dias 29, 30 e 31 de outubro de 2019 estará realizando as eleições para renovação de terço de membros deste Conselho, sendo 03 (três) Conselheiros Efetivos, 03(três) Conselheiros Suplentes, 01(um) Delegado-Eleitor Efetivo e 01(um) Delegado-Eleitor Suplente, junto ao Colégio eleitoral do COFECON.

Publicação DOE 14/08/2019 - ver publicação

Publicação em jornal de grande circulação - ver publicação

 

Documentos

Colégio Eleitoral Provisório em 01/08/2019

 

Economistas Peritos reúnem-se no Plaza

 

A última edição do Economia em Pauta, realizada na noite do dia 13 de Agosto, Dia do Economista, reuniu os economistas peritos Margareth Bellinazo, Fabiano Almeida Picon e Aristóteles da Rosa Galvão, para discutirem a Perícia econômico-financeira, judicial e extra-judicial. O evento, que lotou a Sala Jacarandá, do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, reuniu estudantes, professores e profissionais da área que atuam na área da perícia no estado do Rio Grande do Sul.

O evento foi aberto pelo presidente do Corecon-RS, economista Rogério Tolfo, que ressaltou as atividades comemorativas ao Mês do Economista, que a Entidade vem promovendo em todo o Estado. Agradeceu a presença do público e dos painelistas e falou da importância do tema como um mercado crescente para atuação dos economistas.

aripericiaO perito econômico-financeiro e conselheiro do Corecon-RS, economista Aristóteles Galvão, apresentou um breve relato sobre a atividade da perícia econômica, que como principal características a análise dos fatos e situações financeiras, como evolução de dívidas, empréstimos de curto e longo prazos, avaliação de empresas, lucros cessantes, danos emergentes, cálculos de liquidação de sentença trabalhista, entre outros. Falou dos programas mais utilizados pelos peritos no desenvolvimento de seu trabalho e de sua preocupação com a constante qualificação e atualização dos peritos no desenvolvimento de suas atividades. “A nossa atividade requer especial atenção ao acompanhamento das novidades do mercado e às evoluções oferecidas pela tecnologia, sob o risco de cairmos no isolamento, tendência natural em decorrência da característica da atividade”, afirmou. Ressaltou a importância da Associação dos Peritos da Justiça do Trabalho (Apejust) como instrumento de atualização profissional e falou de projetos de viabilização de qualificação e treinamento, com a realização de cursos e treinamentos promovidos pela Entidade em parceria com o Corecon-RS, através de suas Associações de Economistas existentes no interior do Estado.

margarethpericiaMargareth Bellinazo, que é perita da área cível e vice-presidente da Apejust, apresentou um retrospecto de sua trajetória profissional. Disse que nos anos 80, quando iniciou suas atividades profissionais na área, muito pouco se falava sobre o economista na perícia. “Nunca, em qualquer momento, na Faculdade de Economia, algum professor falou que o economista podia atuar na Perícia. Até então, se sabia que era uma área de atuação exclusiva dos administradores e dos contadores”, complementou. Explicou que começou a atuar na área por influência de conhecidos que tinha no Judiciário, o que a levou a buscar experiência na área de perícia, atuando ao longo de um ano em escritório de contabilidade. Depois disso, o mercado se ampliou e existiu a necessidade de também proporcionar cursos de treinamento a novos profissionais que atuam até o presente momento no mercado de perícias. Disse que iniciou na perícia trabalhista e federal, mais tarde optando pela perícia federal, estadual, cível, família e fazenda, e, por uma necessidade de demanda, migrou para a análise de processos de avaliação econômica de empresas e de mercado de capitais e perícia bancária, cheque especial, cartão de crédito, financiamento, entre outros. “A verdade é que, pelas necessidades do mercado, os peritos têm de estar permanentemente se atualizando”, afirmou, destacando a importância da participação do profissional em debates, cursos, encontros sobre o tema, especialmente para aqueles que atuam junto ao Poder Judiciário.

fabiano1periciaO economista Fabiano Picon, perito da área trabalhista, falou sobre metodologias e plataformas que vêm sendo utilizadas para o desenvolvimento da perícia na área de sua atuação. Defendeu o uso do programa de planilhas do Excel, ressaltandoa eficiência da plataforma para o aprimoramento da perícia e na contestação de análises e criticou o uso de programas alternativos no mercado, normalmente conhecidos por proporcionarem maior agilidade na elaboração de cálculos e análise dos processos. “É muito importante que o Perito tenha pleno e efetivo conhecimento da sua plataforma, em especial do Excel, para o exercício eficiente e seguro de sua atividade profissional”, concluiu. Finalizou, lembrando que muitos profissionais iniciam como peritos e, com o passar do tempo, passam a optar por uma atuação profissional vinculada a empresas, em função dos honorários mais elevados e de melhor remuneração.

premiopericiaNo final do Encontro, o Corecon-RS, através do conselheiro Aristóteles Galvão, fez uma homenagem à economista Margareth Bellinazo, com a entrega de uma placa “Pela sua importante contribuição ao desenvolvimento do ensino da Perícia Econômica e pela qualificação dos economistas no Estado do Rio Grande do Sul e no Brasil”.

O ex-presidente do Corecon-RS, economista Lauro Renck, e o ex-conselheiro, economista Vladimir da Costa Alves, também prestigiaram, com suas presenças, o Encontro.

Além deste evento, o Corecon-RS está comemorando o Mês do Economista com palestras de conselheiros da Entidade em diversas universidades do interior do Estado, e com a realização do III Encontro de Economia, que acontecerá no dia 24 de agosto próximo, na Unisinos Campus Porto Alegre.

O Economia em Pauta tem o patrocínio de Águas Mineral Sarandi.

 

 

Prorrogadas as inscrições de trabalhos para o XXV PBE

O Cofecon prorrogou as inscrições dos trabalhos que irão concorrer ao XXV Prêmio Brasil de Economia (PBE) para o dia 16 de agosto próximo.  Com a nova data, os trabalhos entregues de forma presencial nos Corecons deverão ser remetidos ao Cofecon via Sedex até o dia 19 de agosto.

Numa promoção do Cofecon, com o apoio das regionais, o Prêmio tem como objetivo incentivar a investigação econômica em geral e estimular economistas e estudantes de Economia a desenvolverem pesquisas voltadas para o conhecimento da realidade brasileira.

O Prêmio aclamará os melhores trabalhos nas categorias Livro (R$ 8.000,00), Tese de Doutorado (R$ 7.000,00), Dissertação de Mestrado (R$ 5.000,00), Artigo Técnico ou Científico (R$ 3.000,00), Monografia de Graduação (R$ 3.000,00).

Para maiores informações, acesse o site http://www.cofecon.gov.br/pbe/

Tesouro do Estado apresenta Relatório da Dívida Pública na Unijuí

O chefe da Divisão da Dívida Pública do Tesouro, da Secretaria da Fazenda do RS, economista Felipe Rodrigues da Silva, esteve em Ijuí, na última segunda-feira, dia 12, onde, a convite da Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS (Unijuí), apresentou o 10º Relatório Anual da Dívida Pública Estadual. Para um auditório composto por estudantes e professores da Universidade, apresentou os números, acompanhado do coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, professor Sérgio Luís Allebrandt.

A palestra foi organizada pelo Curso de Ciências Econômicas e pelo Programa de Pós-Graduação, pela passagem do Dia do Economista. Também estiveram presentes a coordenadora do Curso de Ciências Econômicas, professora Stela Maris Enderli, a coordenadora do Pós-Graduação de Finanças e Mercado de Capitais, professora Marlene Dal Ri, a vice-Reitora de Graduação, professora Cristina Eliza Pozzobon e o vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, professor Fernando Jaime Gonzalez. Pelo Corecon-RS, participou a Fiscal da Entidade, economista Inara Betat.

O evento fez parte da parceria do Tesouro com o Corecon-RS, de levar a diversos municípios, através de suas universidades, o relatório sobre a evolução da dívida pública do RS, com o objetivo de proporcionar à sociedade mais transparência sobre o tema.

Corecon-RS na III Semana de Economia da Unipampa

A coordenadora da Comissão de Educação Financeira do Corecon-RS e editora do blog A Economista de Batom, economista Janile Soares, proferiu palestra, na segunda-feira, dia 12, em Santana do Livramento, dentro da III Semana do Economista, promovida pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Dentro da palestra, intitulada “Finanças na ponta do lápis: como fazer o dinheiro trabalhar para você no dia-a-dia”, abordou temas, como orçamento pessoal e familiar, desindividamento e investimentos, milhas, serviços bancários, como otimizar as compras, entre outros tópicos.

janileunipampaJanile Soares foi recebida na Universidade pelo coordenador do Curso de Ciências Econômicas, professor André Redivo, e pelos professores Mauro Negrão, Lucélia Juliani e Tanise Bussmann.

Dia do Economista: Perícias econômico financeira, judicial e extra-judicial é tema de debate no Plaza

Perícias econômico financeira, judicial e extra-judicial será o tema da próxima edição do Economia em Pauta, que acontece, nesta terça-feira, dia 13 de agostoDia do Economista -, às 18h30min, no Hotel Plaza São Rafael (Av. Alberto Bins, 514). 

Numa promoção do Corecon-RS, o evento, que está inserido dentro das festividades do Mês do Economista, contará com as participações dos economistas peritos Margareth Bellinazo (Perita na área cível), Fabiano de Almeida Picon (Perito na área trabalhista) e Aristóteles da Rosa Galvão (conselheiro do Corecon-RS e perito econômico-financeiro).

A entrada é gratuita e será fornecido um certificado de 2 horas complementares aos estudantes que participarem do evento. 

Informações e reservas, pelo fone (51) 3254.2608 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Além deste evento, o Corecon-RS está comemorando o Mês do Economista com palestras de conselheiros da Entidade em diversas universidades do interior do Estado, e com a realização do III Encontro de Economia, que acontecerá no dia 24 de agosto próximo, na Unisinos Campus Porto Alegre.

Apoio

sarandi logo

Nota do Cofecon – Diretrizes para uma estratégia de crescimento inclusivo


Com perspectivas incertas para a economia brasileira, no curto e longo prazos, precisamos buscar uma agenda mínima para a política econômica que possa ter o apoio mais amplo possível das diversas correntes do pensamento econômico. Entendemos que o receituário que tem prevalecido na política econômica do país, nos últimos anos, é o principal causador da retração econômica em 2015/2016 e do crescimento pífio, levando até à retração da renda per capita, a partir de então. Não é aceitável continuar a insistir em cortes de gastos públicos, tanto em custeio quanto em investimentos, como forma de recuperar a confiança e, assim, o crescimento econômico, com o agravante de que a grande maioria dos cortes propostos serem em investimentos públicos e transferências, previdenciárias e outras, para os mais pobres, aumentando as desigualdades.

Contestamos a rejeição de alguns economistas a qualquer restrição ao funcionamento dos mercados, com a alegação de que, entre os agentes do Estado responsáveis, tanto os políticos quanto os técnicos, sempre prevalecerão seus interesses pessoais, mais ligados ao enriquecimento e progresso na carreira, em detrimento dos interesses da população em geral. Além disso, argumentam que mesmo um planejador benevolente não alcançaria resultados melhores que o livre mercado, qual seja, produzir os bens e serviços nas quantidades e qualidades preferidas pelos consumidores. Segundo eles, seria apenas controlar as chamadas falhas do mercado que o sistema econômico funcionaria da melhor maneira.

Entretanto, esse controle seria feito por agentes externos ao mercado, o que recairia no problema de desvio de interesses. Além disso, o livre mercado não fornece soluções para todos os nossos desafios de médio e longo prazos, como os de reduzir as desigualdades e distribuir oportunidades. Para tanto, esses economistas mais liberais eventualmente aceitam políticas horizontais, como investimentos em educação, embora priorizem, obstinadamente, o equilíbrio orçamentário de curto prazo. Por mais que insistam nas vantagens desse receituário, os casos concretos, no Brasil e no mundo, indicam não ser suficiente. Vale citar as dificuldades econômicas da Argentina nas últimas décadas, possivelmente maiores que as do Brasil, mesmo com níveis educacionais da população muito melhores. Entre as regiões do Brasil, a quantidade e qualidade de engenheiros e técnicos formados no Nordeste seriam o bastante para propiciar níveis de industrialização comparáveis aos do Centro-Sul.

Conclamamos os economistas, de todas as abordagens, a elaborar um programa mínimo para tirar o País desta letargia. Algo na linha do que os EUA, grande nação liberal, fizeram em reação à crise financeira de 2008, ao lado das outras nações economicamente avançadas da Europa - política fiscal anticíclica. O descontrole dos gastos públicos pode levar ao descontrole da dívida pública, eventualmente incentivando fugas de capitais, que podem pressionar inflação e serem um fator recessivo. Contudo, o “austericídio” não está resolvendo, nem esperamos que resolva. Elevação dos investimentos em infraestrutura, mas com mecanismos de controle da dívida pública, algo como tetos para períodos futuros, anunciados e rigorosamente observados, aumento das operações de crédito dos bancos públicos e políticas que favoreçam reduções das taxas de juros cobradas das empresas e dos consumidores é a nossa proposta para o curto prazo.

Com isso, demanda adicional seria gerada do aumento de gastos públicos, elevando a produção e, assim, a arrecadação, parte da qual poderia ser direcionada para reduzir a dívida pública. Ao lado dessa estratégia de curto prazo, um projeto de país que melhore a qualidade de vida de todos precisa ser estabelecido. Uma estratégia seria algo como dois polos de desenvolvimento complementares, que poderíamos chamar de economia da complexidade e economia das comunidades.

O primeiro seria o desenvolvimento de atividades econômicas de alta complexidade produtiva e grande potencial de mercado, podendo gerar bens e serviços finais ou participar de cadeias globais de valor. Neste polo, propõe-se uma ação do Estado também na linha da grande nação liberal e de outras desenvolvidas da Europa, qual seja, a promoção e o apoio à ciência, tecnologia e inovação, complementada por algumas políticas de incentivo e proteção setorial. Sem maiores preocupações com as doutrinas de livre mercado, os países desenvolvidos há muito mantêm gastos públicos com projetos de pesquisa, em universidades e agências públicas, que geram inúmeras aplicações econômicas, além de proteção a setores, como o agropecuário, por exemplo. Com isso, seriam geradas, massivamente, ocupações de alta produtividade, que alcançariam altas remunerações e seriam transmitidas, pela concorrência no mercado de trabalho, a setores menos complexos.

Política anticíclica e de desenvolvimento de complexidade produtiva ainda não seria suficiente. Poderia tornar-nos uma economia como a indiana, com ilhas de excelência num mar de miséria. É preciso incentivar setores que gerem muito emprego de menor qualificação, como construção e comércio, e promover o segundo polo de desenvolvimento, a economia das comunidades, para absorver o grande contingente de trabalhadores desempregados, desalentados e com ocupações precárias. Seria estimular e apoiar a disseminação de atividades produtivas em comunidades rurais e nas periferias urbanas, que possam ser realizadas pelos seus membros e tenham mercado, interno ou externo. Incentivos fiscais e creditícios, ao lado de assistência técnica, poderiam propiciar geração de renda nessas comunidades, com gradual redução da dependência de transferências assistenciais, como o programa Bolsa Família.

A integração econômica é fundamental para aumentar a competitividade e abrir novos mercados, desde que, tanto privilegie setores de maior valor agregado e inovação tecnológica, quanto contribua para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.

Conselho Federal de Economia

Página 72 de 127