Economista do Corecon-RS é premiado no Congresso Brasileiro de Economia
Tomás Torezani foi o vencedor da categoria Artigo Técnico que pesquisa sobre produtividade e informalidade
Tomás Torezani durante a cerimônia de premiação no Congresso Brasileiro de Economia
O economista do Corecon-RS Tomás Torezani, doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi o vencedor da categoria Artigo Técnico ou Científico do XXXI Prêmio Brasil de Economia, promovido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon). A premiação ocorreu durante a abertura do XXVI Congresso Brasileiro de Economia (CBE), realizado de 6 a 10 de outubro, em Porto Alegre.
O reconhecimento foi concedido ao artigo “O Papel dos Setores Formal e Informal na Evolução da Produtividade Brasileira”, trabalho que analisa o impacto da informalidade sobre o baixo dinamismo da produtividade do país nas últimas décadas. O estudo recebeu o primeiro lugar nacional e um prêmio de R$ 4 mil, consolidando mais uma importante conquista na trajetória acadêmica do pesquisador.
Para Torezani, a conquista tem um significado especial. “Receber esta premiação do Cofecon pelo artigo foi uma grande alegria. É muito gratificante ver reconhecido, em nível nacional, um trabalho que venho desenvolvendo desde o doutorado no PPGE/UFRGS — uma agenda de pesquisa que já havia sido premiada com o 1º lugar no XXV Prêmio Brasil de Economia, na categoria Tese de Doutorado, em 2019. Esse novo reconhecimento me motiva ainda mais a seguir contribuindo com a pesquisa em economia e para o debate sobre a produtividade e os desafios da economia brasileira”, destacou ele, que é servidor do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do RS (SPGG) e atualmente Assessor Técnico do Gabinete da SPGG.
O artigo premiado investiga a contribuição dos setores formal e informal para o desempenho da produtividade do trabalho no Brasil entre 2010 e 2021, com base nas recomendações internacionais e utilizando a metodologia das Contas Nacionais do IBGE. Diferente de grande parte dos estudos sobre o tema, que observam a informalidade a partir da ótica do emprego informal, Torezani adotou o olhar da produção informal, buscando compreender o peso real das atividades produtivas fora do circuito formal da economia.
A pesquisa aponta que grande parte do fraco desempenho da produtividade brasileira pode ser atribuída ao setor informal, embora o próprio setor formal também tenha apresentado baixo dinamismo e, em alguns períodos, contribuído de forma negativa para o crescimento agregado. Além disso, o trabalho quantifica o custo imposto pela informalidade à economia, oferecendo subsídios relevantes para o debate sobre políticas públicas voltadas à formalização e ao aumento da eficiência produtiva.
Torezani já havia conquistado o 1º lugar do Prêmio Corecon-RS 2019, na categoria artigo científico.
O Prêmio Brasil de Economia, promovido anualmente pelo Cofecon, é uma das distinções mais tradicionais da área, reconhecendo pesquisas de economistas e estudantes de todo o país em quatro categorias: Livro de Economia, Artigo Técnico ou Científico, Artigo Temático e Monografia de Graduação. A edição de 2025 distribuiu R$ 19 mil em premiações, durante cerimônia realizada no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.
O XXVI Congresso Brasileiro de Economia reuniu cerca de 1500 participantes (entre presencial e online), em Porto Alegre, para debater o tema “Desenvolvimento Sustentável: Reconstrução, Desafios e Oportunidades”. Promovido pelo Cofecon em parceria com o Corecon-RS, o Congresso trouxe mais de 100 palestrantes e nomes de referência nacional, que discutiram temas centrais para o futuro do Brasil, como reforma tributária, mudanças climáticas, desigualdades regionais, inovação, economia comportamental e o papel do Estado na neoindustrialização.
O evento contou com o patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banrisul (Vero), Monte Bravo, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), e dos Corecons de SP, MS, PE, PR e RJ. O CBE contou também com o apoio da Valor Fiscal Inteligência Tributária, Vinícola Campos de Cima e Fonte Sarandi.

