O Banco Central, através do Comitê de Política Monetária, define a cada 45 dias a taxa básica de juros da economia, a taxa Selic, que é o principal instrumento de política monetária utilizado para controlar a inflação e, portanto, influência todas as taxas de juros no país.
Na reunião dos dias 19 e 20 de março de 2019, o Comitê decidiu pela manutenção da taxa básica em 6,5% a.a.. Segundo a Ata deste encontro, pelo aspecto da economia interna esta decisão levou em consideração uma atividade econômica aquém do esperado, demonstrado pelos seus indicadores, podendo produzir trajetória prospectiva abaixo do esperado para os agentes produtos.
Ainda, argumento apresentado no documento, a economia brasileira vem demonstrando uma recuperação gradual, existindo alto nível de ociosidade dos fatores de produção, representado pelos índices da capacidade da indústria e pela taxa de desemprego alta.
De acordo à Ata, o controle da inflação passa pela aprovação das reformas de natureza fiscal e ajustes necessários na economia que visem o aumento da produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria no ambiente de negócios, com efeito direto nos prêmios de risco e trajetória inflacionária no médio e longo prazos.
Pelo lado do cenário econômico externo, a Ata aponta elevados riscos para uma desaceleração da econômica global, com a Europa dando sinais de desaceleração econômica, e o Banco Central Norte-americano aguardando sinais de como a economia global irá se comportar nos próximos meses para atuar na política monetária.
Sendo assim, os membros do COPOM, optaram por uma condução com cautela e perseverança e, portanto, mantiveram taxa básica de juros para a economia brasileira, reafirmando na continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia do Brasil, com reflexos de inflação baixa para o médio e longo prazos.
Neste documento, fica evidente a dependência das reformas da Previdência e Fiscal para um melhor desempenho da economia, na visão da nossa autoridade monetária que o Banco Central.
Artigo de autoria do Economista Daniel Menezes Gil