“Retomada será frágil, fraca e lenta”, diz Patrícia Palermo

 

 “Perspectivas para a economia em 2017” foi o tema da primeira edição do ano do Economia em Pauta, realizado no dia 14 de março último, nas dependências do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Os palestrantes foram a economista Patrícia Palermo, Economista-Chefe da Fecomércio-RS e Economista do Ano Corecon-RS/2016, e a jornalista Marta Sfredo, do Jornal Zero Hora, Rádio Gaúcha e Jornalista de Economia do Ano Corecon-RS/2016.


O presidente do Corecon-RS, economista Clovis Meurer, e o conselheiro Guilherme Stein, abriram o evento, apresentando o curriculum das palestrantes e falando da importância do tema, especialmente num ano que recomeça com indefinições na política e na economia do país.

Patrícia Palermo iniciou sua apresentação afirmando que 2017 será um ano de muitas incertezas no campo político, tanto interna como externamente, além de um cenário econômico de crescimento lento, fraco e frágil para a economia brasileira. Destacou que o ano marcará a retomada “frágil, fraca e lenta” da atividade econômica após dois anos de decrescimento intenso, somado à ótima notícia trazida pelo fenômeno da desinflação da economia brasileira. “Essa desinflação se apresenta de forma robusta e abrirá espaço para cenários mais positivos, como uma queda mais forte da taxa de juros, que acabará impulsionando uma retomada do consumo e do investimento, provocando taxas de crescimento mais elevadas num futuro próximo”. Afirmou que, no cenário externo, a ascensão de Donald Trump ao governo dos EUA, marca uma onda de antiglobalização, manifestada através de discursos protecionistas e nacionalistas, como os que regeram as discussões do Brexit, e ao crescimento da direita populista na Holanda, França e Alemanha.

IMG 20170314 190837233Lembrou que o cenário político interno vem sendo contaminado pela “Caixa de Pandora” da Lava-jato, que pode levar a um ambiente em que a política econômica fique relegada a um segundo plano. “Será, sem dúvida, um ano de muita incerteza, motivada por questões de natureza política”, acrescentou. Sobre o cenário econômico internacional, lembrou que o mundo vive um período muito longe do que se poderia classificar como de “boom” e que será muito difícil alcançar êxito no resgate de taxas de crescimento mais elevadas se os países desenvolvidos insistirem no foco do discurso nacionalista e protecionista. Disse que essas economias estão crescendo a ritmo mais baixo que no passado, mas o suficiente para alavancar os preços das commodities, ajudando economias exportadoras desses produtos, como a do Brasil. “Depois de dois anos decrescendo, o Brasil poderá apresentar crescimento, ainda que marginal, em 2017”, afirmou, lembrando que o país vem de crescimento negativo de sua economia, de 3,8% em 2015 e de 3,6% em 2016, o que não acontecia desde o biênio 1930/1931. “O Brasil é como um paciente que esteve em coma durante muito tempo. Não é razoável que levante de repente e saia correndo. Existe um período de readaptação!", destacou. Para a economista, para que a economia volte a crescer de forma sustentada, é importante que políticas que garantam o crescimento no médio e no longo prazo sejam tomadas. "Assim, em 2017 deve-se ensaiar esse processo de recuperação para que, no ano seguinte, se possa crescer de forma mais efetiva”, acrescentou. "A economia brasileira passou por um período muito longo de recuo, debilitando fortemente as empresas e provocando grande ociosidade, o que tende a refletir numa demora para a recuperação do emprego". Ressaltou, no entanto, que, à medida em que a atividade começa a se recuperar, vai-se reduzindo o temor da perda do emprego, aumentando a confiança dos consumidores e estimulando-o no retorno ao consumo. Disse que acredita numa retomada do crescimento pela via do consumo, em função de sua alta participação no PIB e da demanda fortemente reprimida. “Na medida em que a inflação diminui e as famílias estando com os orçamentos mais ajustados, com taxas de juros menores e com a confiança aumentada, e, assim, o consumo vira uma consequência natural”.

patrcia fechadaA economista da Fecomércio-RS revelou grande otimismo com a agropecuária, que tem expectativa de crescimento do PIB da ordem de 6% no próximo ano. Para ela, o setor serviços deverá apresentar taxa de crescimento zero, “o que não deixa de significar uma melhora, em termos relativos”. Através de gráficos, demonstrou ainda o comportamento do varejo restrito, dessazonalizado, que apontou, entre outros itens, quedas de 3,1% nos supermercados e de 2,1% nos produtos farmacêuticos, ocorridas em 2016, que são um retrato da crise na vida cotidiana das famílias. Apresentou, também, uma análise dos avanços da PEC do Teto e das propostas de reformas da previdência, trabalhista e tributária.

Sobre o Rio Grande do Sul, a economista falou das boas perspectivas da próxima safra, com previsão de colheita de 32,7 milhões de toneladas, um crescimento de 2,5% em relação ao ano anterior, e disse que o estado tem um mercado de trabalho “marginalmente menos pior que o do Brasil”. Explicou que, em 2015, a economia gaúcha acabou com 94,2 mil empregos e, em 2016, com 53,9 mil postos, o equivalente à quase metade do ano anterior, demonstrando, com isso, uma desaceleração efetiva da destruição líquida de postos de trabalho e destacou os resultados positivos conquistados pelo segmento de produção de celulose no estado. Criticou a situação do setor público, “que permanece problemático, já que, mesmo diante de melhora da arrecadação em função de números mais positivos da economia, permanece em situação de déficit estrutural e significativo”.

marta e patricia AA jornalista Marta Sfredo iniciou sua participação falando sobre a rotina vivida pelas redações de economia, especialmente nesses últimos anos em que se acentuou a crise política no País, com graves impactos na editoria econômica. Lembrou os períodos das fraudes com recursos do orçamento da União, a chamada crise dos Anões do Orçamento, ocorrida nos anos 90, e o Mensalão, uma década e meia depois, e seus inevitáveis impactos na imagem do Congresso Nacional e na credibilidade do país. Disse que conversou com muitos empresários e economistas e sempre foi muito difícil buscar modelos históricos comparativos para a crise econômica enfrentada pelo Brasil quando, em 2015 e 2016, experimentou dois anos de crescimentos negativos. “É extremamente pedagógico e também histórico que um empresário como Marcelo Odebrecht esteja preso há dois anos”, disse, acrescentando que, nesse momento de grave crise, "nós, jornalistas, não poucas vezes, precisamos de muito bom humor para conseguir passar por tudo isso”. Lembrou que o ano de 2016 foi muito complicado “a ponto de ninguém conseguir sair da redação em função do enorme fluxo de informações relevantes que chegavam a todo instante”.

Marta Sfredo lamentou a situação de polos gaúchos extremamente industrializados e desenvolvidos, como o de Caxias do Sul, terem sofrido encolhimento significativo de sua produção, e disse que, por depoimentos recolhidos de diversas fontes, acredita que o PIB brasileiro comece a apresentar os primeiros números positivos a partir do segundo semestre. Falou sobre as expectativas do setor de máquinas agrícolas com a retomada gradual da economia e disse que o país está vivendo um daqueles momentos históricos em que só vamos compreendê-lo quando ele passar. “Tentamos levar esses momentos tão intensos e dolorosos com a leveza possível, embora tenhamos muita dificuldade de entendê-los na sua totalidade”, concluiu.

No final do evento, foi servido um coquetel aos presentes, com a cortesia da Água Mineral Sarandi, Vinícola Laurentia e Hotel Plaza São Rafael.

 

auditorioAlém do presidente Clovis Meurer e do conselheiro Guilherme Stein, estiveram presentes ao evento o vice-presidente Rogério Tolfo, os além dos conselheiros Aristóteles Galvão, Bruno Breyer Caldas, Jorge Melo e Victor Sant'Ana, os ex-presidentes Lauro Renck e Simone Magalhães, os ex-vice-presidentes Carlos Abel e Darcy Carvalho dos Santos, além do ex-conselheiro Wladimir Alves.

 

Assista ao video da palestra pelo TV Corecon

 

“Perspectivas para a economia em 2017” é o tema da primeira edição do ano do Economia em Pauta

 ep 2017 marco

- Com a economista Patrícia Palermo e a jornalista Marta Sfredo -

“Perspectivas para a economia em 2017” será o tema da primeira edição do Economia em Pauta, que acontecerá no dia 14 de março próximo (terça-feira), às 18h30min, no Hotel Plaza São Rafael (Av. Alberto Bins, 514). Os palestrantes serão a economista Patrícia Palermo (Economista-Chefe da Fecomércio-RS e Economista do Ano Corecon-RS/2016) e a jornalista Marta Sfredo (Jornal Zero Hora, Rádio Gaúcha e Jornalista de Economia do Ano Corecon-RS/2016).

Será fornecido um certificado de 2 horas complementares aos estudantes que participarem do evento.

No final do evento, será servido um coquetel aos presentes, com a cortesia da Água Mineral Sarandi, Vinícola Laurentia e Hotel Plaza São Rafael.

Entrada gratuita!

Informações e reservas pelo fone (51) 3254.2608 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. .

Secretário Busatto visita Corecon-RS



O secretário da Fazenda do Município de Porto Alegre, economista Leonardo Busatto, realizou visita de cortesia, nesta quinta-feira, dia 9, ao Conselho Regional de Economia do RS (Corecon-RS). Acompanhado de seu chefe de gabinete, Maximiliano Antoni de Oliveira, foi recebido pelo presidente da Entidade, economista Clovis Meurer.

Durante o encontro, foram discutidas propostas de colaboração mútua entre o Corecon-RS e a pasta responsável pelas finanças do Município. Clovis Meurer agradeceu a visita e colocou a Entidade, que representa cerca de 4,5 mil econo

mistas de todo o RS, à disposição da Secretaria, desejando-lhe, ainda, votos de pleno sucesso diante dos inúmeros desafios a serem enfrentados pela sua gestão.

Corecon-RS participa de reunião preparatória para o XXII Enesul


O conselheiro do Corecon-RS, economista Aristóteles Galvão, participou, na última sexta-feira, dia 3, na sede do Corecon-PR, em Curitiba, da reunião preparatória do 22° Encontro de Economistas da Região Sul (Enesul), que acontecerá nos dias 28 e 29 de julho, naquela cidade. Além do representante do RS, estiveram presentes na reunião, que discutiu a programação e outros assuntos relacionados ao evento, a presidente do Corecon-PR Maria de Fátima Miranda e seu vice-presidente Celso Bernardo, além do gerente Financeiro Amarildo Santos e do assessor do assessor Gilberto Miranda. Também participou da reunião o presidente do Corecon-SC, economista Paulo Roberto Polli Lobo.

Inscrições abertas para cursos de Pós-Graduação da Fadergs

Encontram-se abertas as inscrições para os cursos de Pós-Graduaçao da Faculdade de Desenvolvimento do RS (Fadergs). A iniciativa tem o apoio do Corecon-RS.

- Desconto de 40% no valor da 1ª mensalidade (matrícula), quando realizada até 4/3/2017 (R$293,40);

- Desconto de 30% para Grupos, a partir da 2ª mensalidade, quando pagamento for realizado até a data do vencimento (R$342,30);

Aulas quinzenais. Sexta-feira, das 18h às 22h, e sábado, das 8h30min às 12h30min, e das 13h30min às 17h30min.

Informações sobre como obter o desconto, cronograma, disciplinas e ficha de inscrição, solicite por e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Coordenação: Magda Brazil, Mestra

MBA EM CONTROLADORIA ESTRATÉGICA
https://www.fadergs.edu.br/pos-graduacao/mba-em-controladoria-estrategica

MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE TRIBUTOS E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
https://www.fadergs.edu.br/pos-graduacao/mba-em-gestao-estrategica-de-tributos-e-planejamento-tributario

MBA EM PERÍCIA JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL
https://www.fadergs.edu.br/pos-graduacao/mba-em-pericia-judicial-e-extrajudicial

Consulta Pública sobre o PLS 658/2007

 

Está disponível no site do Senado Federal uma Consulta Pública sobre o Projeto de Lei do Senado (PLS) 658/2007, que estabelece alterações à Lei nº 1.411, de 13 de agosto de 1951, para atualizar a regulamentação do exercício da profissão de Economista.

Acesse o link https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=83193 e vote a favor da proposição. O envolvimento dos economistas nessa discussão é muito importante. O PLS, que está em tramitação no Senado, é um esforço do Sistema Cofecon/Corecons em defesa da categoria e visa consolidar atribuições privativas dos profissionais da área.

O processo de Consulta Pública está embasado na Resolução nº 26/2013, do Senado Federal, que estabelece mecanismo de participação popular na tramitação das proposições legislativas na Casa.

Participe da Consulta Pública, registre seu voto e incentive seus colegas de profissão a fazerem o mesmo. A aprovação desse projeto será uma conquista de toda a classe.

Entrevista do presidente do Corecon-RS à Rádio Cofecon


"Desemprego e diminuição da renda do trabalhador influenciaram queda nas vendas em 2016"

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15/02/2017

ECONOMIA: Desemprego e diminuição da renda do trabalhador influenciaram queda nas vendas em 2016, avalia economista


REPÓRTER: As vendas do comércio varejista tiveram uma queda de 6,2 por cento em 2016. É o maior recuo registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, desde que o indicador começou a ser medido, em 2001.

O desempenho insatisfatório do setor teve como principal destaque negativo o recuo de 3,1 por cento do setor de hipermercados, supermercados, alimentos, bebidas e fumo.

O presidente do Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul (Corecon-RS), Clóvis Meurer, avalia que a queda da atividade econômica e o aumento no número de desempregados no Brasil influenciaram na diminuição das compras da população. Além disso, o economista também explica que, por causa da crise, os brasileiros começaram a ganhar menos, o que também influenciou o índice.

SONORA: Clovis Meurer, presidente do Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul (Corecon-RS)

“Tem dois fatores aí. Não só a queda do emprego, mas também a mudança do tamanho da renda de cada um. Ou seja: aquele empregado que ainda manteve o emprego, ou perdeu um emprego, mas trocou por outro e, na estatística continua sendo uma pessoa empregada... Mas na verdade essa pessoa diminuiu a sua renda. Houve então, nesse período todo uma queda no número de empregados, como também uma queda na renda per capta do empregado. Consequentemente a queda do consumo é natural”.

REPÓRTER: Ainda de acordo com o economista Clóvis Meurer, apesar da melhora observada no cenário econômico nos últimos meses – com a diminuição da inflação e da taxa básica de juros – não se pode projetar, ainda, um aumento das compras no varejo no Brasil.

SONORA: Clovis Meurer, presidente do Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul (Corecon-RS)

“Você tem uma clara sinalização de uma queda da taxa de juros. Você tem alguns indicadores: queda da inflação, queda da taxa de juros, pequena recuperação do PIB... Esse cenário permite que a gente vislumbre dias melhores. Mas traduzir isso para um aumento de consumo ainda é muito prematuro. Podemos falar em parar de cair, ou seja: quem sabe a queda não tenha continuidade daqui para frente.”

REPÓRTER: Ainda de acordo com o IBGE, no acumulado de 2016, o houve uma redução no volume de vendas em 26 dos 27 estados brasileiros. O destaque foi o Amapá, que teve um recuo de 18 por cento, o Pará que recuou 13 por cento e Rondônia e Bahia, que apresentaram recuo de 12 por cento. O único estado que mostrou um avanço das vendas em 2016 foi Roraima.

Acesse à matéria no Site do Cofecon

Assessoria de Imprensa Cofecon, com a colaboração de Bruna Goularte, reportagem, Bruna Goularte

Conselheiro do Corecon-RS recebe economistas do FMI para discutir realidade do RS



O conselheiro do Corecon-RS, economista Darcy Carvalho dos Santos, recebeu, no dia 3 de fevereiro último, na sede da Entidade, em Porto Alegre, a visita de economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Izabela Karpowicz, economist senior do Western Hemisphere Department (FMI/Washington), Carlos Mulas-Granados, economista senior, do Fiscal Affairs Department (FMI/Washington), e Fabian Bornhorst, Representante Residente no Brasil do FMI, estiveram em Porto Alegre para conhecer melhor a situação financeira do estado do Rio grande do Sul. Fabian Bornhorst explicou que foram atraídos pela riqueza de informações, publicações e videos sobre a realidade do estado, com que o conselheiro do Corecon-RS vem trabalhando e que se encontram publicadas em seu blog.

Corecon-RS na posse do Conselho Federal

O presidente do Corecon-RS, economista Clovis Meurer, e o conselheiro federal Henri Bejzman estiveram presentes na solenidade de recondução do economista Júlio Miragaya ao cargo de Presidente do Cofecon, ocorrida no dia 2 de fevereiro último, em Brasília.

Na oportunidade, também ocorreram as posses do novo vice-presidente do Cofecon, economista Nei Jorge Correia Cardim, e dos conselheiros federais eleitos para o triênio 2017/2019. Como conselheiros efetivos, assumiram os economistas Nelson Pamplona da Rosa, Paulo Brasil Corrêa de Mello, Sérgio Guimarães Hardy, Waldir Pereira Gomes e Wellington Leonardo da Silva. Como suplentes, os economistas Evaldo Silva, Marcelo Pereira Fernandes, Maria do Socorro Erculano, Maurílio Procópio Gomes, Ricardo Valério Costa Menezes e Wilson Roberto Villas Boas Antunes.

O evento aconteceu no auditório da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF).



 

 

PRAZO PARA ENTREGA DA DECLARAÇÃO DE NÃO OCORRÊNCIA VAI ATÉ 31/01

Vai até o dia 31 de janeiro de 2017 o prazo para que os economistas (tanto pessoas físicas como jurídicas que prestam serviços de economia e finanças) entreguem aos Conselhos Regionais de Economia a comunicação de não ocorrências do exercício de 2016. A determinação foi estabelecida pela Lei 9.613/98, em seu artigo 11, inciso III, determinando que as pessoas mencionadas no artigo 9ª “deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da sua atividade (...) na periodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a não ocorrência de propostas, transações ou operações passíveis de serem comunicadas” – ou seja, aquelas que podem caracterizar violação da referida Lei.

Na condição de órgão fiscalizador da profissão de Economista, o Cofecon estabeleceu a forma e as condições de comunicação por meio da Resolução 1.902, de 2013. A norma determina que, no caso de ter conhecimento de atividades que despertem suspeitas, os economistas ou empresas prestadoras de serviços de economia e finanças devem comunicar o fato ao Conselho de Atividades Financeiras (COAF) no site www.coaf.fazenda.gov.br. As informações prestadas são protegidas por sigilo.

No caso de não ter conhecimento de atividades suspeitas, o economista ou empresa prestadora de serviços deve realizar, anualmente, um comunicado de não ocorrência e entregá-lo ao Conselho Regional de Economia. O prazo vai até 31 de janeiro. A não comunicação torna a pessoa ou empresa sujeita às punições previstas no artigo 12 da Lei 9.613/98.

A fim de orientar os economistas e demais interessados, o Cofecon elaborou uma cartilha com informações. A cartilha e outros documentos úteis podem ser acessados nos links abaixo:

Resolução 2017

Formulário para declaração de não ocorrências

Cartilha da Resolução 1902/2013
Resolução 1.902/2013
Lei 9.613/1998
COAF

Perguntas e respostas

• O comunicado de não ocorrências foi inventado pelo Cofecon?
Não. A comunicação de não ocorrências está prevista na Lei 9.613/1998. O Cofecon apenas regulamentou a forma e periodicidade de entrega das comunicações de não ocorrências, conforme prerrogativa dada pelo próprio texto da Lei.

• A exigência de comunicar o não acontecimento de uma ocorrência é descabido? Pode ser caracterizada como o comparecimento à delegacia para avisar a não observância de crimes?
Não. Ela pode ser comparada à declaração anual do imposto de renda, cuja entrega à Receita Federal é obrigatória inclusive quando o contribuinte nada tem a declarar.

• Quem deve fazer a comunicação de não ocorrência?
Conforme a resolução 1.902/2013, “as pessoas físicas e jurídicas prestadoras dos serviços de economia e finanças que estão listados na seção 2.3.1 - As atividades desempenhadas pelo economista, do capítulo 2.3 - O campo profissional do economista, da Consolidação da Legislação da Profissão de Economista, deverão avaliar a existência de suspeição nas propostas e/ou operações de seus clientes, dispensando especial atenção àquelas incomuns ou que, por suas características, no que se refere a partes envolvidas, valores, forma de realização, finalidade, complexidade, instrumentos utilizados ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios dos crimes previstos na Lei nº 9.613/1998 ou com eles relacionar-se, adotando, para tanto, políticas, procedimentos e controles internos, compatíveis com seu porte e volume de operações, para mitigar os riscos de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

• A quem deve ser entregue a comunicação?
Ao Conselho Regional de Economia do estado em que o economista atua. Os contatos dos Conselhos Regionais de Economia podem ser acessados clicando AQUI.

• O que fazer em caso de conhecimento de ocorrências suspeitas?
Neste caso a comunicação é feita diretamente ao COAF no site www.coaf.fazenda.gov.br. As informações prestadas são protegidas por sigilo.
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Matéria extraída do site do Cofecon

(*) Jornalista do Cofecon
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(61) 3208 1806
Escrito por Manoel Castanho (*)

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