“Roda de Conversa” ouve candidato Gustavo Paim
O Corecon/RS promoveu, na noite da última quinta-feira, dia 27, o “Roda de Conversa” sobre a Economia do município, com o candidato ao segundo turno das eleições para a Vice-Prefeitura de Porto Alegre, Gustavo Paim, da Coligação de Nelson Marchezan. A candidata Juliana Brizola, da Coligação Sebastião Melo, também convidada, não esteve presente e não justificou sua ausência. O evento evento aconteceu no Auditório da Fadergs, no Centro Histórico de Porto Alegre.
A presidente do Corecon/RS, economista Simone Magalhães abriu o Encontro agradecendo a presença do candidato Gustavo Paim e registrou que, “embora a assessoria da candidata Juliana Brizola tenha sido convidada insistentemente desde o dia seguinte ao encerramento do encerramento do primeiro turno das eleições, em momento algum houve retorno por parte de qualquer membro de sua campanha sobre sua participação ou não ao evento”.
Simone Magalhães abriu o “Roda de Conversa” dizendo que o Corecon/RS, como órgão que representa mais de 4,5 mil economistas no RS, está atento às iniciativas que venham impactar no desenvolvimento socioeconômico das diferentes comunidades e regiões do estado. “Nosso objetivo é oportunizar à cidade de Porto Alegre maior conhecimento sobre os projetos e propostas do futuro Governo do município, nas áreas de finanças públicas e de investimentos, fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico da região e do estado do RS”.
O candidato respondeu perguntas elaboradas previamente por economistas e, mais tarde, atendeu a questionamentos, por escrito, da plateia. Explicou que é advogado, professor e coordenador da área de especialização da Unisinos, possui especialização em gestão pública, mestrado e doutorado em Direito e que, para ele, estar em um ambiente acadêmico, falando sobre questões econômicas a respeito do município de Porto Alegre, era uma satisfação muito grande. Disse que, como professor de Direito Eleitoral, sentia-se muito seguro para falar que os 22% de abstenção ocorrido no primeiro turno das eleições de Porto Alegre, somados aos pouco mais de 10% de votos nulos, significava um recado histórico de que o cidadão está insatisfeito com a política e com os políticos. “A política tradicional frustrou o cidadão”, disse, lembrando que “a velha política era feita através de toda e qualquer promessa em troca de voto”. Respondeu a questionamentos sobre saúde, segurança pública, limpeza urbana, Observatórios Sociais, parcerias público-privadas, geração de emprego e atração de investimentos. Disse que Porto Alegre é uma cidade travada e inimiga do empreendedor, que vem perdendo empresas para outros municípios. “E nós queremos movimentar essa mola da economia, desburocratizando, simplificando, dando segurança jurídica e gerando oportunidade de emprego e renda pra população”, disse. Falou da necessidade de reduzir o tamanho da máquina administrativa, da potencialização do turismo de negócios e elogiou o Orçamento Participativo. Citou as star-ups e os centros de excelência em desenvolvimento tecnológico existentes no município e a importância de potencializá-los como forma de atrair e desenvolver empresas de ponta na área da tecnologia. Em resposta a questionamento sobre impactos que eventual aprovação da PEC 241 poderiam causar sobre o município, disse que o Brasil gastou muito e muito mal nos últimos anos e que a Proposta vem trazer benefícios ao orçamento da Saúde já no próximo ano. “Vivemos num momento em que as finanças públicas da União, dos estados e dos municípios estão em colapso e se não tivermos um mínimo de austeridade fiscal o nosso caminho é muito perigoso”, concluiu.
Ao encerrar o evento, a presidente Simone Magalhães agradeceu a parceria da Fadergs e ao Partido do candidato por ter entendido a necessidade e a importância deste Encontro e falou sobre a importância de o próximo gestor da cidade de Porto Alegre utilizar os conhecimentos do profissional da Economia, adquiridos ao longo do tempo pela consistência teórica e prática de sua formação universitária, para parceria no atendimento aos projetos e desafios de que o Município tanto precisa. Registrou, ainda, que com esse evento, o Corecon/RS encerra o seu projeto de levar ao conhecimento da população, através do “Roda de Conversa”, a discussão dos projetos de economia e finanças públicas a serem desenvolvidos pelos futuros gestores dos municípios em que ocorreram segundo turno das eleições.